A cultura de impostos deveria constar da grade curricular das escolas, pois, seria uma forma de deixar clara a sua importância para o país, bem como aumentar a consciência do futuro cidadão e contribuinte, inclusive, ou sobretudo, no sentido de poder cobrar com mais pertinência, uma utilização mais precisa e adequada desses recursos ou mesmo pela criação de impostos mais justos, pelos governantes.
O combate aos impostos no país, que tem até entidades organizadas, foi utilizado pela oposição e principalmente pelo DEM/PSDB, nas companhas contra o governo Lula, criando o mito segundo o qual o governo penalizaria os setores produtivos e, sobretudo, a classe media e alta, que seriam os únicos – que trabalham? – a pagar impostos e sustentar o pais, ou para os mais desinformados, preconceituosos e deslumbrados, que o Lula os obrigava a sustentar todos os pobres do Bolsa Família ou mesmo todo os setores ou regiões mais pobres do país, com o seu rico dinheirinho, “roubado” pelo governo federal.
O que a oposição e a sua mídia associada não esclarece é que o maior peso da carga tributaria para os setores produtivos, e bolso do contribuinte, é o ICMS, (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que é recolhido pelos Estados da Federação. O detalhe que passa despercebido para a maioria, é que este imposto é pago por todo e qualquer consumidor final, seja ele um “sem teto” que compra um pão, ou um mega empresário que compra um produto qualquer de alto consumo. É, provavelmente, o mais “democrático” dos impostos.
Portanto, a doce ilusão de que os seus – se se considera na categoria, acima, dos que reclamam – impostos financiam “sozinhos” o pais e ajudam a sustentar as politicas de inclusão e resgate social no país, é bom lembrar disso. Argumento este que foi usado exaustivamente pela campanha do Serra, por exemplo, para jogar setores da sociedade contra o presidente Lula e sua candidata, Dilma Rousseff.
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