Uma idéia recorrente é que a América Latina tem instituições frágeis, onde a democracia vem lutando, historicamente, à duras penas para se firmar em um cenário em que uma das instituições mais estáveis é o Golpe de Estado e os regimes de exceção.
Isso é o que ficou gravado no nosso imaginário latino-americano e, em consequência, na opinião dos “outros”. Entretanto o que é fato histórico e não consegue se firmar e nem ao menos relativizar esse conceito, ou auto-conceito, que fazemos de nós mesmo, é que os EUA tem sido mentor e/ou autor, nem sempre velado, desses golpes, patrocinando governos subservientes e submissos aos seus interesses hegemônicos e colonialistas na América.
O Golpe de Estado em Honduras é a mais nova versão do velho hábito dos EUA de decidirem o que é bom para nós e, sobretudo, o que é melhor para eles e suas empresas. O Barak Obama, um simulacro de redentor pós-moderno, continua enganando os incautos e desinformados, enquanto segue a tradição intervencionista e colonialista do país.
As reações da América como um todo e demais reações internacionais contra o golpe, de pouco adiantaram para “refrescar” a velha política. As eleições, ontem, em Honduras, provam isso. Com o resultado ainda “fresco” o presidente dos EUA “corre” a parabenizar e reconhecem, imediatamente, o presidente eleito, para dar-lhe um caráter de fato consumado, mesmo que, em princípio, a exceção dos seus aliados Peru, Panamá e Costa Rica, os demais países relutem em reconhecer a legitimidade dessa eleição.
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