quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Modelos muito magras podem ser proibidas de desfilar


Segundo Coco Chanel (1883-1971), um ícone da moda feminina, os costureiros são uns misóginos – não gostam das mulheres – por isso as enfeiam com suas criações de gosto discutível. 

Controvérsias à parte, o que dá para inferir é que se criou um padrão estético que, entre outras coisas, não condiz com a natureza do corpo feminino e, inclusive, subverte uma de suas funções naturais e evolutivas, que seria a de atrair ou agradar ao sexo oposto.

É o que confirmam inúmeras pesquisas, segundo as quais os homens não concordam, não gostam e nem acham atraentes o estilo “pele-osso” favorito dos produtores de moda e, por “programação continuada”, às próprias mulheres. Portanto, a opinião dos homens não conta na avaliação que as mulheres fazem sobre o que é bom, fica bem e é bonito.

A ditadura dessa estética gerou anomalias que afetam, sobretudo, as adolescentes que seguem o "Culto a Ana" ou adeptas "conscientes" e deliberadas da anorexia que, frequentemente, leva a morte.

Em função dos excessos, um Projeto de Lei em tramitação no Congresso Nacional que estipula um Índice de Massa Corporal (IMC) de 18 para as modelos, e impede a promoção de sua imagem por qualquer meio, é muito oportuno. Já existem países, como a Espanha e a Itália, onde o índice de massa corporal minimo exigido para uma modelo não é exatamente aquele que vemos nas passarelas por aqui. A Organização Mundial de Saúde (OMS), da ONU, considera como peso não recomendado alguem que tenha um IMC, inferior a 18,5, por exemplo.

Se aprovado, vai trazer um pouco de limite e racionalidade ao sistema que penaliza algumas mulheres e condena, praticamente, todas as demais aos sentimentos de inadequação e culpa, senão a preconceitos, por não se enquadrarem nesse padrão absurdo e anti-natural ditado pela moda e seus mentores.

Conforme o Projeto de Lei, já no Senado (07/2010), - se aprovado - uma modelo como a Gisele Bündchen por exemplo, não vai mais poder desfilar por aqui, para se ter uma idéia.

Fonte: Agência Senado 

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14 comentários:

  1. Mitos e ritos de uma pseudo-beleza que só apontam para um caminho. Sem volta.

    Em verdade vim até aqui hoje, para agradecer suas visitas e seus comentários em meu blogue, e desejar a você e aos seus

    Boas Festas!

    Que em 2009 possamos viver num mundo mais solidário, mais humano, mais justo.

    Bjs e inté!

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  2. Ju,

    Bom receber sua visita. Agradeço e retribuo os votos de Boas Festas.

    Foi muito bom conhecer o seu Blog e a sua belíssima contribuição à poesia e à sensibilidade. É um afago em nossos corações e mentes, nestes tempos iconoclastas de pós-modernidade.

    Bjs

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  3. Lei é o mínimo.
    Acho que algum pai indignado por ter perdido a filha poderia é dar uma de sniper em cima desses misóginos sem alma.

    Té.

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  4. Olá Mark!

    O problema é mesmo sério, embora pareça algo moderno, chique e, infelizmente vem fazendo a cabeça das garotas muito cedo.

    Os pais, frequentemente, teem pouco controle sobre isso, por mais que tentem. Daí, só uma lei restritiva como esta para resolver.

    Um abraço

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  5. Está certo. Concordo com isso. Não porque o estilo pele e osso é feio, mas porque as modelos ficam alienadas pela busca da beleza e se tornam pessoas sem saúde, causando doenças como anorexia.

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  6. É verdade!

    A magreza excessiva da mulher leva a problemas sérios de saúde, pois, pelo que se sabe, diferente do corpo do homem, o corpo da mulher tem que ter um quociente mínimo de gordura sem o qual não consegue “funcionar” normal e naturalmente.

    Inclusive, com um quociente muito baixo, elas param de menstruar o que é uma tentativa do próprio corpo de se preservar, o que ocorre tambem em algumas modalidades esportivas quando praticadas por mulheres.

    Logo, não vale o sacrifício para se adequar a um padrão estético tão anti-natural e perigoso.

    Um abraço

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  7. Ninguem percebeu q esse post é de 2008, esse projeto de lei deve ta pedido no meio dos milhares por la.

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  8. Olá Rafa!

    O Projeto de Lei começou a tramitar em 2008, mas, como vê na data, no último parágrafo(07/2010), só agora ele entra em fase final de votação - no Senado - quando o artigo foi atualizado.

    Um abraço

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  9. Vestir um palito reto deve ser mais fácil do que vestir uma mulher de verdade, com curvas, peitos e bunda.
    Questinar a capacidade dos tais estilistas daria ótimas discussões...

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  10. Eu gosto muito de mulheres esguias que deveriam ser o padrão de beleza, não essas cavalonas com 2L de sicole nos seios e pernas com 70cm. Mas estas anorexas exageram o conceito e destroem a ideia de belo e naturalidade. Mulheres magras sim, mas tudo com moderaçao.

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  11. É muito mais fácil vestir um cabide do que uma pessoa normal.
    É isso o que eles pensam.

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  12. É verdade!

    A preferência por modelos magras deve ser, tambem, por isso. É, como diz: É mais facil vestir um palito ou um cabide do que uma mulher com formas e curvas que é o padrão natural das mulheres.

    Claro que os excessos de qualquer tipo não é bom e dificilmente é belo, que pressupõe equilíbrio e harmonia.

    Um abraço

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  13. Muita coisa precisa mudar,não só nas passarelas,mas na publicidade,tv,cinema,capas de revista,enfim...A Ana e a Mia estão sob nosso nariz...

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  14. Olá Mia!

    É como diz, é uma verdadeira industria que envolve toda uma rede que vai do estilista, passando pelas agências de modelos até a mídia especializada.

    Mas, acredito que a lei, ao criar esta referência de IMC mínimo, vai provocar uma reestruturação total em todo este processo, não é verdade?

    Um abraço

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Olá!

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