sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A idolatria aos craques euroturbinados, o reinado do Ricardo Teixeira e a derrota do futebol olímpico.

A derrota da seleção de futebol olímpico do Brasil e o adiamento, senão despedida definitiva, do sonho da medalha de ouro olímpica, repete, em principio, o mesmo “fenômeno” da derrota para a França na última Copa do Mundo. Digo despedida do sonho, porque não é certo que o futebol continue na lista dos esportes olímpicos para as próximas Olimpíadas.

A megalomania que começa em algum lugar entre a cabeça dos dirigentes da CBF, passando pela mídia conivente, pela população como um todo, até a cabeça inflada de euros e de vaidade de “nossas estrelas maiores”, pode explicar um pouco as coisas.

Sem querer me deter no comentário da atitude espetaculosa e marqueteira da CBF, para desviar as atenções da derrota – humilhante – na ultima copa, com a contratação do “estiloso” Dunga, vamos nos ater ao ponto comum entre os dois torneios.

Tanto o Parreira/Zagalo como o Dunga – apesar do jogo de cena deste último com o papel de duro e independente – tiveram uma atitude, mal disfarçada, de reverencia e respeito excessivo, e equivocado, às figuras de “nossos craques”.

Assim, se postaram, passivamente, a beira do gramado aguardando que, a qualquer momento, um “gênio” ou um “santo” desceria sobre as “estrelas” e, como num passe de mágica, eles fizessem os gols e nos trariam a vitória.

Só eles não viram, e se viram não tiveram a coragem de fazer as mudanças necessárias.

A mídia é cúmplice, na idolatria às “estrelas” e, sem o fim do reinado do Ricardo Teixeira e aposse de uma “nova mentalidade” na CBF, o “dejà vu” vai continuar.

2 comentários:

  1. A supervalorização que a mídia brasileira faz da imagem dos jogadores de futebol, principalmente em época de Copa ou Jogos Olímpicos possui nuances mais profundas. Se ela não valoriza o produto, não tem cliente e, consequentemente, não lucra. Só povo mesmo que não vê as coisas desta maneira. Prefere chorar pelo leite derramado, enquanto os filhos sequer tem leite em casa para beber. Como diz o ditado, quem tem um olho em terra de cegos é rei!

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  2. Olá!
    Você tem razão e, a mídia ainda se auto-define como a voz do povo...
    Mas, é burrice concorrer para a perda de um filão - de lucro - desse, que é a "hegemonia" do futebol brasileiro.
    Seria como "matar a galinha de ovos de ouro".

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Olá!

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