quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Cinema nacional, não vi não gostei

O cinema nacional passa por ciclos periódicos de desenvolvimento – como bolhas – para depois cair no marasmo. Isso graças ao presidente de plantão, pois por mais que se critique, é o Estado brasileiro que provoca a formação das bolhas, com leis de incentivo – renúncia fiscal – engajando a iniciativa privada, que não perde nada, só ganha.

Mas, é preciso que surjam mecanismos claros de incentivo de longa duração. Muitas leis não pegam e outra tantas caducam. Como a que estabelece cotas para filmes nacionais – curtas – no circuito comercial, que é simplesmente ignorada.

Em países como a França, que tem hoje uma produção de qualidade, também se fez, e se faz, graças ao apoio do Estado. Até os EUA tiveram sua indústria de cinema financiada pelo Estado.
Algo que precisa ser repensado, parece que já está rolando algo neste sentido – a reforma da Lei Rouanet, por exemplo – é o estabelecimento de critérios para o financiamento dos filmes, ou qualquer produção cultural, que acabam ficando nas mãos das empresas, que adotam critérios que fogem ao sentido ou espírito da lei.

A descentralização é imprescindível para que o retrato final não se limite ao eixo Rio-São Paulo, satisfazendo estritamente aos interesses do mercado “já formado”. Outro desafio é criar mecanismos para educar o brasileiro tele-espectador – ou ainda não – a valorizar e prestigiar o cinema nacional, não por patriotismo, mas, porque é bom mesmo.

O que se sabe, é que o cinema francês – pelo menos na França – é um sucesso absoluto, pois o francês o considera como tal. Aqui, ainda rola o velho: “não vi e não gostei”.


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