quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Individualismo e solidão, o que tem a ver com a pós-modernidade?

Existem dois aspectos ou princípios que deram, e dão o tom de nossa época. O principal deles, fundamento do sistema capitalista por excelência que, entretanto, não inventou nada e só estimulou e exacerbou uma qualidade, não necessariamente positiva do ser humano, é o individualismo.

O outro foi a desqualificação ou destituição de quaisquer valores ou princípios que sempre serviram de referencial às pessoas, sejam eles valores éticos, morais, religiosos ou mesmo estéticos e familiares, é o “ideário” da pós-modernidade.

Paradoxalmente o que a caracteriza – a pós-modernidade – é a inexistência de princípios, valores, normas ou paradigmas de qualquer natureza, mas, se “orienta” por princípios claros.

O individualismo exacerbado como vemos por aí, cultuado como pressuposto para o sucesso e o se dar bem no trabalho, nas relações pessoais e na vida como um todo, tem levado a um crescimento galopante da solidão e do medo. 

Em conjunto com os “princípios pós-modernos” vem induzindo a uma dessacralização da vida como princípio, em um pragmatismo doentio e ao culto a uma pseudo independência e autodeterminação.

A consequência é o impulso para eliminar quaisquer obstáculos que porventura venham de encontro a esse conceito de liberdade. Daí o aborto, a redução da maioridade penal, a eutanásia e a pena de morte. É a negação do princípio de unidade que existe entre todo e qualquer ser humano, independente de raça, etnia, gênero, credo ou classe social e rompe com o “espírito gregário” ou comunitário inerente ao próprio homem.

Essas rupturas nem sempre pensadas, percebidas ou conscientes que, como dissemos, geram o isolamento e a solidão vem inflacionando a dimensões inimagináveis as estatísticas de patologias psíquicas de toda ordem, ao uso cada vez maior de drogas lícitas e ilícitas e ao suicídio existencial ou físico. A saída – em princípio – está no outro, não como indivíduo, mas, como conceito.

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2 comentários:

  1. É isso mesmo, mas só depende de cada um de nós começar a mudar as coisas.
    Refletir e agir com consciência, agora!
    Eu estou fazendo a minha parte, como cidadão do mundo, como me considero.

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  2. Olá!

    É como falou. O caminho ou a solução para mudar passa, inevitavelmente, pela ação individual ou pessoal onde tudo, efetivamente, começa.
    A consiência disso - e não só a informação - é a própria mudança.

    Um abraço

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