quinta-feira, 26 de julho de 2007

Política de Igualdade Racial e o Ovo da Serpente

26/07/07

Essas políticas de promoção da igualdade racial são bastante controvertidas, e apesar das polêmicas que geram, estão sendo implementadas, aparentemente, sem uma discussão mais ampla, com decisões que afetam não só a vida do público alvo – a minoria funcional negra – mas ao conjunto de toda a sociedade brasileira.
Existem evidências que sugerem o estímulo a um sentimento de revanche, de antagonização com os setores da sociedade tidos como “não negros”, na gestação de um “ovo de serpente” que pode, no médio longo prazo, reproduzir no Brasil, o ódio racial que é característico da sociedade norte-americana, modelo utilizado.
Isto levará a uma nítida cisão social, ou um desenvolvimento separado, discriminatório, que não tem nada a ver com a natureza e a índole do povo brasileiro.
O resgate de amplos setores da sociedade brasileira, alienadas historicamente dos benefícios do desenvolvimento do país, não esta – e nem deveria estar – restrito a características raciais.
A alienação social e econômica destes setores da população, exigem medidas radicais e sérias de educação, saúde, emprego e dignidade, independente da cor da pele.
O discurso vem criando uma falsa questão, e um modelo de afirmação racial discriminatório e perigoso.
Aliada a esta distorção na percepção do problema, gera-se – ou pretende gerar – no todo da sociedade não negra, um sentimento de culpa, como se o Brasil tivesse inventado a escravidão, e a sociedade tenha que ser penalizada “ad infinitum” por isso.
A escravidão têm origem nas relações de poder e mando na História da humanidade, e a própria escravidão negra também foi, e ainda é, relativamente comum na África de hoje, ou seja, feita ou praticada por negros contra negros.
Uma sociedade justa e democrática que todos queremos, não pode ser construída sobre a divisão e ódio racial, mas na garantia de direitos e oportunidades para todos indistintamente.


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