quarta-feira, 11 de julho de 2007

Críticas ao Etanol I

24/06/07
Muitas pessoas vêm criticando o programa brasileiro do álcool combustível ou etanol, como vem sendo chamado ultimamente.

Argumentos já conhecidos sobre a concentração das terras agricultáveis, sobre a expulsão do homem do campo, da exploração do bóia-fria, ou que a expansão da cultura da cana-de-açúcar compromete a preservação de florestas... Parece que chegaram ao Brasil hoje.

A concentração da terra com o agronegócio e o conseqüente êxodo rural, não é novo no Brasil. Intensificou-se ainda no período dos governos militares, com a expansão da soja, do milho, das pastagens para o gado e muitas outras culturas.

A urbanização acelerada das últimas décadas, não é um fenômeno só brasileiro, e a mecanização da agricultura é universal e irreversível.

Os bóias-frias são um problema econômico e social que tem que ser equacionado com educação e emprego, além de distribuição de terras, e os canaviais para o etanol, não contribuíram significativamente para isso.

A mecanização no corte da cana-de-açúcar esta crescendo, como de resto ocorreu com a agricultura como um todo, e esta levando ao desemprego do próprio bóia-fria e não a sua criação.

Entrar nesse discurso é fazer coro com os países europeus, principalmente, que passada a euforia inicial, descobriram que somente o Brasil com a cana-de-açúcar, é capaz de produzir um etanol com preços competitivos no mercado internacional. Daí as suas falsas preocupações com hipotéticos desmatamentos por aqui, que têm outros motivos que passam longe das preocupações ambientais.

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