04/06/07
Essa campanha orquestrada pela mídia, não só no Brasil, contra a não renovação da licença - um ato legal - de um canal de TV venezuelano pelo governo, não se resume simplesmente a um atentado contra a liberdade de expressão, como pintam.
Os canais de TV, como de rádio, são concessões públicas feitas pelo Estado, para uso - não propriedade - por uma empresa de comunicação, e com contrato renovável periodicamente.
Em princípio, essas TVs e rádios trariam uma contrapartida de servir à sociedade, segundo critérios estabelecidos constitucionalmente. É assim no Brasil, na Venezuela em todo lugar. É a regra.
O governante Hugo Chaves, tendo sido eleito legalmente, segundo as leis de seu país, foi vítima da tentativa de um Golpe de Estado para destitui-lo a força, segundo consta, orquestrado por uma oposição aliada a interesses de multinacionais de petróleo norte-americanas e européias, que exploram as reservas de petróleo venezuelanas, e que se sentiram ameaçadas com as idéias nacionalistas do presidente eleito.
Sem entrar no mérito da ideologia ou das intenções políticas do governo eleito, o fato é que este canal de TV apoiou abertamente o golpe de estado contra um governo constitucionalmente eleito, infringindo princípios legais claros, extrapolando o papel de imprensa democrática que diz ter hoje.
Com o fracasso do golpe, esta empresa , que detinha a concessão de uso do canal, tornou-se passível de ter a renovação não concedida, por uso indevido de um bem público.
Qualquer um tem o direito de gostar ou não do Hugo Chaves, mas a verdade tem que ser dita para que possamos formar uma opinião correta e racionalmente equilibrada.
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