03/06/07
Existe um culto na mídia, da imagem do Juscelino Kubistichek como o maior presidente do Brasil, embora em pesquisa feita recentemente entre intelectuais e formadores de opinião, o Getúlio Vargas, ganhou folgado.
O que os meios de comunicação "cultivam" do Getúlio, é apenas o da ditadura do Estado Novo, como se a vida e atuação administrativa e política dele se resumisse a isso.
Já o Juscelino, é enaltecido pela construção de Brasília, também na percepção da população que absorveu o discurso dos meios de comunicação.
Não se divulgam os custos econômicos e mesmo culturais da construção de Brasília, nas práticas políticas e administrativas do Brasil.
Historicamente é uma marco importante para se conhecer um pouco mais o Brasil de hoje.
Foi nessa época, que se gestou a cultura da relação incestuosa entre o privado e o público. Foi quando as construtoras passaram a se tornar sócias do Estado no uso do dinheiro público. A privatização do Estado tornou as construtoras, a eminência parda do poder, das eleições e da política Nacional. Mais de 55% dos parlamentares, hoje, são apoiados pelas construtoras.
Sabe-se que os custos da construção de Brasília - inacabada no governo Juscelino - daria para se construir varias Brasílias prontas, tamanha a quantidade de dinheiro desviada.
E essa relação - público/privado - passou incólume pelo período militar, e esta ainda nos dias de hoje dando as cartas na política e administração públicas, como dito acima, apesar dos esforços do Ministério Público e da Polícia Federal, o que temos que admitir que na dimensão do combate, é recente, ou seja, esta ocorrendo efetivamente no governo atual.
A mídia faz um típico julgamento ou avaliação do que se convencionou chamar de direita. Avaliar uma administração pelo tamanho da obra.
Que o diga o Maluf - o 'tocador de obra"- em São Paulo, e o legado de falcatruas, corrupções, superfaturamentos e desvio de dinheiro público que fez, hoje objeto de inúmeros processos judiciais contra ele, para tentar recuperar um pouco pelo menos, do que roubou.
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