14/03/2007
Os acordos de cooperação para o desenvolvimento da produção de etanol e biodísel do Brasil com os EUA e Itália respectivamente, vêm junto com um discurso bonzinho de ajuda a países africanos e países latino-americanos, feitas pelo primeiro ministro R. Prodi e pelo presidente Bush.
O que parece uma boa ação, num contexto com perspectivas de um cenário difícil diante das prováveis conseqüências da falta de combustíveis e energia de fontes mais limpas, com a necessidade de se reduzir o Aquecimento Global, é um ato de esperteza.
Os EUA querem matar dois coelhos com uma só paulada. Ao mesmo tempo em que tenta deter a influência do H.Chaves, com o seu petróleo a preços generosos, ele também quer desenvolver uma produção do etanol em terras latinas, que a pretexto de ajudar esses países, visa na realidade a geração de um excedente para suprir suas próprias necessidades em futuro próximo.
A Itália vem com um discurso idêntico, mas também pretende criar uma região produtora próxima, na África, para garantir-lhe o fornecimento seguro do biodísel, já que é impossível o plantio de extensas áreas de culturas adequadas a produção do combustível em seu próprio país.
Provavelmente estes países irão se beneficiar com isso de alguma maneira, tanto na América como na África, mais o discurso, a dissimulação, é de uma atitude colonial mesmo, ou seja, de estar sempre querendo usar os outros em benefício próprio.
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