quarta-feira, 30 de maio de 2007

"A perda da Amazônia", sobre o artigo do Hélio Jaguaribe

No artigo, A Perda da Amazônia (19/02/07), o sociólogo Hélio Jaguaribe, fala sobre o abandono da Amazônia pelos sucessivos governos nacionais, e sobre a sua iminente desnacionalização, é no mínimo para refletir.

A incompreensível permissão de venda de partes da Amazônia, além de outras áreas no Pantanal, a entidades e ou empresas estrangeiras. Áreas gigantescas, maiores que muitos países europeus. Em época de previsões altamente pessimistas de escassez de recursos de todo tipo, que a sociedade de consumo desenfreado esta provocando em todo o mundo, a Amazônia é uma reserva considerável, e em muitos aspectos, única.

A biodiversidade, os recursos minerais, grande reserva de água doce - um quarto de toda a reserva do planeta - para dizer o mínimo, e tudo isso, paranóias e patriotadas à parte, alvo de cobiça já declarada em várias ocasiões, dos países desenvolvidos. Os EUA e UE, nunca fizeram segredo de suas pretensões. O discurso é de preservação - nada contra - só que é só o discurso. A preservação é para que possam eles próprios utilizarem.

As reservas indígenas - segundo o artigo - são imensas, verdadeiros países maiores que a maioria dos países europeus, são monitoradas por ONGs internacionais e podem representar verdadeiros projetos de emancipação - internacional - de nações indígenas.

É bom lembrar que entre as milhares de ONG que rolam por aí, centenas delas atuando na Amazônia, nem sempre são o que parecem ser, inclusive inúmeras instituições religiosas (pseudo-religiosas) "salvando o índio". Existem ONGs - organizações não-governamentais - e as ONGs - organizações neo- governamentais, ou seja, entidades dissimuladas criadas e financiadas por governos estrangeiros.

O que espanta, é que muitas dessas evidências citadas pelo artigo, foram investigadas, comprovadas, e relatórios, e documentos estão aí a disposição das decisões políticas para deter e coibir enquanto é tempo, e nada acontece. O que espanta 2, é como a mídia vive das picuínhas políticas cotidianas de Brasília ou dos crimes que rolam por aí, e faz vista grossa para temas graves como este.

O artigo é extenso e rico em informações, e a indignação do autor com tanto descaso, permeia todo o texto.

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