domingo, 30 de agosto de 2020

Você não é perfeito. É claro!

Mexendo em meus alfarrábios encontrei este texto e relendo achei­ bem oportuno, daí veio a ideia de partilhar com você

Parece grande, não? E é grande! Mas tem coisa que vale à pena o sacrifício e este é um texto destes, onde a autora traz à tona situações do dia a dia que fazem muito bem, ou frequentam o cotidiano de todo mundo.

E olha que o texto nem é tão novo assim [não tenho data de publicação] e estaria até mesmo meio desatualizado dado o quase salto tecnológico e comportamental de hoje, mas “tem coisa” que não fica defasada e é grande ponto para reflexão.

Dê uma passada de olhos rápida...

Você não é perfeito

Por Elisa Correa, na Revista Vida Simples/Abril (hoje encerrada)

Por que desejamos (e raramente conseguimos) ter um corpo irretocável, um casamento de novela e um emprego de sonhos? A resposta pode estar na forma como nos relacionamos com o mundo à nossa volta

No mês em que completaria 100 anos, Simone de Beauvoir ganhou de presente uma polêmica. Justo ela, que escandalizou o mundo em 1949 ao lançar O Segundo Sexo, livro que se tornou um dos pilares do movimento feminista. Para comemorar o centenário da escritora, a revista semanal francesa Le Nouvel Observateur escolheu para a capa uma foto onde a companheira de Jean-Paul Sartre aparece nua, de costas, arrumando os cabelos no espelho de um banheiro. Além das críticas recebidas pela exposição de um ícone feminista, a publicação da imagem gerou uma grande discussão por causa dos retoques feitos na foto, tirada em Chicago, em 1952. Para ficar mais apresentável e mais perto dos atuais padrões de beleza, Simone de Beauvoir foi submetida a uma sessão de Photoshop.

Se até a História precisa se adequar aos padrões vigentes, o que dizer de nós? Em um mundo onde a competição toma conta das relações, os modelos são sempre superlativos: precisamos ser os mais rápidos, desejamos ser os mais belos, lutamos para ser os mais fortes. Comparamo-nos o tempo inteiro, e parece que a perfeição está sempre no outro: no corpo da apresentadora de TV, na grande demonstração de afeto da namorada do vizinho, no empregão do ex-colega da faculdade.

Os nossos são tempos de melhoramento contínuo, de infinitos retoques, de aperfeiçoamento compulsivo. Tempos onde as imperfeições não têm vez. São vistas como falhas que nos impedem de alcançar a excelência. Mas será que elas não podem ser vistas de outro jeito? Como diferenças particulares, como expressão da personalidade, como aquilo que nos faz ser o que somos? 

Continue...

Se gostou deste post subscreva o nosso RSS Feed ou siga-nos no Twitter para acompanhar nossas atualizações

*

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!

Bem vindo, a sua opinião é muito importante.