quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Castrar o pobre... Como aos cães. Ideia de bolsonaro não foi aposentada...

É uma fixação em sua ‘brilhante’ vida parlamentar, que só com as eleições ganhou mais realce na mídia.

Em um discurso em plenário na Câmara, para justificar sua ideia, usou como argumento:
"Só tem uma utilidade o pobre em nosso país: Votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso, pra votar no governo que está aí. Só para isso e mais nada serve, então, essa nefasta política de bolsas do governo".
Mesmo sem a dita cuja, ainda, ele foi muito bem privilegiado nestas eleições. O único efeito da castração seria a lerdeza, docilidade... Pelo menos nos animais, tipo gato, cachorro...

Como o voto em seu próprio algoz pressupõe isso – e pelo visto, aconteceu maciçamente nestas eleições – em que pese o poder avassalador da fake, não as vias whattsapps da vida, mas, sobretudo as fake’s via mídia televisiva com destaque para aquelas do JN que domina os corações e mentes de tantos, tudo saiu nos conformes.

Domínio este de muita gente boa – não alvo de castração – que se tem em alta conta de informações e consciência política... Não me contaram, eu conheço. É não são poucas.

Setores social e economicamente mais bem situados, os ditos classe média, em princípio “estudada”, se sentem como verdadeiros sábios da informação e da consciência política.
"Ledo engano. 
É o que vimos falando aqui reiteradas vezes... A fantasia ou ilusão segundo a qual a formação acadêmica trás por geração espontânea a tal da informação em seu sentido lato, ou extracurrículo do próprio curso feito, e não como produto de uma cultura – do latim, culturae, ou seja, cultivar, algo cultivado... – Deliberadamente, é claro. 
É um preconceito às avessas, como se diz... O culto que associa algo mais à simples formação superior, quando o seu portador, do diploma, pode não passar de um hipotético bom profissional em sua área específica e um verdadeiro ‘mulo’ no que se refere aos conhecimentos e informações".[já publicado no Coluna do Leitor]
Esta ideia de castração* foi ventilada claramente pelo próprio Bolsonaro em plena campanha eleitoral, veja aqui, na Folha, mas, como a técnica usual é falar ‘barbaridades’, observar as reações e na sequência desmentir, ou ratificar... Esta ficou em aberto. Foi um tubo de ensaio que lançou, e em se confirmando, será utilizada como precondição para o candidato receber coisa tipo bolsa família.

*Eufemisticamente ele, e a mídia convencional, chamam de esterilização.

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