Parece até brincadeira ou é
confiança excessiva na leseira do mar de coxinhas que endossariam, com certeza,
a sua “revolta” contra o “bolsa esmola” ou os R$ 85 de auxílio por mês do Bolsa Família.
Um detalhe é que costumam receber mais
de 33.763 mil reais de salário, já que estão sempre acima da média
constitucional e ao criticar o “bolsa esmola” – o bolsa família – da Dilma ‘esconde’
o nome na lista de auxilio moradia
da categoria, recebendo atrasados de R$ 139.923,4... Pode?
"Juiz que detonou Dilma e “bolsa esmola” aparece em lista com auxílio-moradia retroativo de R$ 139 mil
Magistrado
do TJ-RN costuma usar as redes sociais para expor posições de direita.
Pagamentos são alvo de debate no STF, após CNJ pedir suspensão dos benefícios
por considerá-los um dano ao patrimônio público.
O Portal da Transparência do Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Norte divulgou uma lista dos valores gastos com auxílio-moradia de
seus magistrados durante o último mês de outubro. A soma gira em torno de R$ 40
milhões, referentes a valores retroativos, a 22 desembargadores e 195 juízes.
Entre os magistrados, está Henrique Baltazar Vilar
dos Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN). Santos é um
usuário assíduo do Facebook e do Twitter, onde costuma expor suas posições de
direita. Entre seus compartilhamentos estão posts pró-Bolsonaro e sites ligados
ao MBL que espalham fake news; incluindo Flávio “Morgenstern” Martins,
condenado na Justiça por criar a hashtag “Caetano pedófilo”.
Além disso, ataca rotineiramente o PT e, segundo informou o DCM, detonou Dilma, em
2013, pela “mancada” de ter ido a um “local público com muita gente que não
recebe bolsa esmola e não ocupa cargo comissionado”.
Depois de algum tempo, sua própria
“bolsa esmola” acabou se tornando pública. Henrique Baltazar Vilar dos Santos
aparece na lista de juízes e desembargadores do TJ-RN que receberam auxílio
moradia retroativo. Santos que critica os que recebem, por necessidade, apenas
R$ 85 de auxílio por mês, mas parece não se importar com seus R$ 139.923,42,
também bancados pelo contribuinte.
Discussão no STF
Após a
divulgação da lista, todos os pagamentos foram suspensos pelo corregedor do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, determinou a posterior
devolução dos valores pagos aos juízes e desembargadores estaduais. O ministro
João Otávio de Noronha considerou que estes pagamentos contrariam decisões do
Supremo Tribunal de Justiça (STF) e do próprio CNJ e representam dano ao
patrimônio público.
Entretanto,
no último dia 30 de outubro o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, suspendeu a
decisão da corregedoria, até que ocorra o julgamento do caso no Supremo, a
pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Para Marco Aurélio, os
recursos já fazem parte do patrimônio dos juízes.
*com informações do DCM e G1
Fotos: Marcos Oliveira/Agência Senado e Eduardo Maia / ALRN
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