Garanto que você, cidadão/eleitor nem desconfiava que tinha tanto poder assim... Com um simples
votinho ser capaz de transformar um carinha, assim... Comum como todo mundo –
candidato político –, em um ser especial, superior, com direitos extraordinários
e até, pasme! Com o direito de caso cometa algum delito ou crime, ser julgado
por foros especiais, inclusive com
todos os privilégios em que isso implica e com grandes chances de sair ileso...
‘Livrinho da silva’.
Sabia que tinha todo este poder como eleitor? Então, eles estão ‘lutando com unhas e dentes’ para não
perderem este presentinho que ‘nos’ demos a eles.
"Congresso 'trava' 12 PECs sobre fim do foro privilegiado
Uma das principais bandeiras dos primeiros grandes
protestos de rua de 2017, marcados para o dia 26 deste mês, o fim do foro
privilegiado está emperrado no Congresso Nacional. Lideranças da Câmara e do
Senado não se mostram dispostas a acelerar a tramitação das Propostas de
Emendas à Constituição (PECs) que extinguem o direito a que autoridades sejam
julgadas por tribunais.
Mesmo em meio às discussões sobre restrição da
prerrogativa pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e na iminência da divulgação
das delações da Odebrecht que devem implicar dezenas de deputados e senadores,
os parlamentares temem que, sem foro, possam ficar sujeitos a investigações
conduzidas por magistrados de primeira instância, como o juiz Sérgio Moro.
A reação do Congresso a uma eventual mudança na
prerrogativa pelo STF foi escancarada na semana passada quando o líder do
governo no Congresso e presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que
não pode haver uma "suruba selecionada". A principal justificativa
pública de parlamentares ouvidos pelo "Estado de S. Paulo" para não
levar adiante a proposta é que, sem qualquer espécie de modulação da
prerrogativa, a iniciativa não passará.
As PECs em tramitações mais avançadas nas Casas
querem acabar com o foro. A maioria dos congressistas, porém, defende que
determinadas autoridades, como presidentes de Poderes, ou medidas de força,
como o cumprimento de pedidos de prisão ou de busca e apreensão, sejam
investigados ou decretados por tribunais.
Há parlamentares que admitem abertamente que será
difícil a matéria avançar.
"No momento de confusão, nunca sai uma
legislação boa", disse o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), que,
pessoalmente, se diz a favor de restringir o foro.
Na Câmara, o provável presidente da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), adiantou que tentará
pautar uma do pacote de 12 PECs sobre o tema --a mais antiga delas de 2005.
"Se houver um anseio popular e há manifestações do STF de decidir sobre o
assunto, não tem como o Congresso não discutir."
Essa iniciativa, contudo, não tem ampla simpatia
dos deputados. Para tentar viabilizar sua aprovação, o autor da última das
propostas que trata do assunto, Celso Maldaner (PMDB-SC), admite mudar seu
texto sobre fim do foro irrestrito para deixar apenas 15 autoridades no STF: os
ministros da Corte e os presidentes da República, da Câmara e do Senado, além
do procurador-geral da República.
COMO FUNCIONA O FORO
PRIVILEGIADO PARA POLÍTICOS?
Assunto fora da agenda
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP),
cobra o envolvimento dos magistrados para encontrar o melhor formato para o
foro. "Quem julga é o Judiciário, nós fabricamos as leis. É razoável
discutir para que haja celeridade nos julgamentos", disse o tucano.
Se passar na CCJ, a proposta terá de ir a uma
comissão especial e, posteriormente, ao plenário da Casa. O presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que, se a PEC avançar, vai colocá-la para
votar. "Não há problema em pautar nenhuma matéria. Essa discussão pode
acontecer a qualquer momento", disse. Aprovada em dois turnos com ao menos
308 dos 513 votos, a matéria vai para o Senado.
Na outra Casa, o senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) tem tentado, sem grande sucesso até o momento, buscar apoio dos
líderes para colocar em votação no plenário uma PEC que acaba totalmente com o
foro e foi aprovada pela CCJ em novembro passado. Ele precisa do apoio de pelo
menos 41 dos 81 senadores para garantir a inclusão da PEC na pauta. Por ora,
ele só conseguiu o apoio de nove. O presidente da Casa, Eunício Oliveira
(PMDB-CE), tem dito em conversas que esse assunto, por ora, está fora da
agenda.
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