terça-feira, 7 de março de 2017

Psdbista emérito, entre aspas, reclama de marcação da mídia sobre o aecim

Os tais “ditados populares” parecem vir saindo de moda/uso, não é verdade? Deve ser o “excesso” de tecnologismo que os fazem parecer algo anacrônico, “coisa antiga”, e não deixa de ser um preconceito contra um traço tão valioso, e sábio, da dita cultura popular.

Neste caso, tem um que parece vir a calhar: “Pimenta no olho dos outros é refresco”.
A velha mídia, geralmente associada aos regimes de exceção – vulgo golpes/ditaduras – vêm os ‘anéis saírem celeremente dos dedos com a própria perda de relevância como formadores de opinião, e tentam posar de mídia, mesmo, na tentativa de salvar os dedos, daí o investimento contra uma das meninas dos olhos de sua costumeira, e antiga, linha editorial, o aecim.

É que em tempos de internet e de redes sociais a todo vapor, a máscara do dito cujo, pelo visto, caiu de vez – e pesquisas eleitorais que o colocam na rabeira do processo – atrás até do velho ovo do nazismo, o bolsonaro, fê-los cair na real.

Daí a ‘revolta’ do psdbista de carteirinha que gosta de posar de acadêmico ilustre, de intelectual, fhc.

Voltando aos velhos ditados, pelo visto, “ficaram no mato sem cachorro”, e vão ter que improvisar um candidato para 2018.
#TchauQuerido: Com a desmoralização de Aécio e do PSDB, FHC agora ataca a imprensa
O moralismo sem moral do PSDB foi desmoralizado na noite de ontem, quando veio a público o depoimento de Benedicto Júnior, número dois da Odebrecht, que disse que o senador Aécio Neves (PSDB/MG) lhe pediu R$9 milhões, pagos via caixa 2 (leia aqui).

Para conter o estrago, quem veio a público na sexta-feira, dia 3/3, foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, corresponsável pela tragédia brasileira, por ter dado sinal verde para o golpe liderado pelo senador Aécio Neves (PSDB/MG), que já eliminou 7 milhões de empregos nos últimos dois anos – primeiro com o “quanto pior, melhor” de Aécio e Eduardo Cunha em 2015 e, depois, com a inépcia de Michel Temer e Henrique Meirelles em 2016.

Segundo FHC, Aécio é vítima de “verdades alternativas”, contadas pela imprensa.
Como o caixa 2 de Aécio e aliados – incluindo Dimas Toledo Júnior, filho do responsável pela lista de Furnas – foi manchete da Folha, do Estado, do Globo e do Valor (saiba mais aqui), FHC, na prática, acusou a imprensa que também apoiou o golpe de mentir.

Leia, abaixo, a íntegra da nota de FHC:
Lamento a estratégia usada por adversários do PSDB que difundem “notícias alternativas” para confundir a opinião pública. 
A imprensa é instrumento fundamental da democracia. Usada por quem não é criterioso presta um mau serviço ao país. 
Parte do noticiário de hoje sobre os depoimentos da Odebrecht serve de sinal de alerta. Ao invés de dar ênfase à afirmação feita por Marcelo Odebrecht, de que as doações à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014, foram feitas oficialmente, publicou-se a partir de outro depoimento que o senador teria pedido doações de caixa 2 para aliados. 
O senador não fez tal pedido. O depoente não fez tal declaração em seu depoimento ao TSE. 
É preciso serenidade e respeito à verdade nessa hora difícil que o país atravessa. 
Ademais, independentemente do noticiário de hoje tratar como iguais situações diferentes, não é o caminho para se conhecer a realidade e poder mudá-la. 
Visto de longe tem-se a impressão de que todos são iguais no universo da política e praticaram os mesmos atos. 
No importante debate travado pelo país distinções precisam ser feitas. Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa 2 para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção. 
Divulgações apressadas e equivocadas agridem a verdade, e confundem os dois atos, cuja natureza penal há de ser distinguida pelos tribunais. 
A palavra de um delator não é prova em si, apenas um indício que requer comprovação. É preciso que a Justiça continue a fazer seu trabalho, que o país possa crer na eficácia da lei e que continue funcionando. 
A desmoralização de pessoas a partir de “verdades alternativas” é injusta e não serve ao país. Confunde tudo e todos. 
É hora de continuar a dar apoio ao esforço moralizador das instituições de Estado e deixar que elas, criteriosamente, façam Justiça. 
Fernando Henrique Cardoso 
Presidente de Honra do PSDB
Via Brasil 247 

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