Os tais “ditados
populares” parecem vir saindo de moda/uso, não é verdade? Deve ser o “excesso”
de tecnologismo que os fazem parecer algo
anacrônico, “coisa antiga”, e não deixa de ser um preconceito contra um traço
tão valioso, e sábio, da dita cultura popular.
Neste caso, tem um que parece vir a calhar: “Pimenta no olho dos outros é refresco”.
A velha mídia, geralmente associada aos regimes de exceção –
vulgo golpes/ditaduras – vêm
os ‘anéis saírem celeremente dos dedos com a própria perda de relevância como
formadores de opinião, e tentam posar de mídia,
mesmo, na tentativa de salvar os dedos, daí o investimento contra uma das meninas
dos olhos de sua costumeira, e antiga, linha editorial, o aecim.
É que em tempos de internet e de redes sociais a todo
vapor, a máscara do dito cujo, pelo visto, caiu de vez – e pesquisas eleitorais que o
colocam na rabeira do processo – atrás até do velho ovo do nazismo, o bolsonaro,
fê-los cair na real.
Daí a ‘revolta’ do psdbista de carteirinha
que gosta de posar de acadêmico ilustre, de intelectual, fhc.
Voltando aos velhos ditados, pelo visto, “ficaram no mato sem cachorro”,
e vão ter que improvisar um candidato para 2018.
#TchauQuerido: Com a desmoralização de Aécio e do PSDB, FHC agora ataca a imprensa
O
moralismo sem moral do PSDB foi desmoralizado na noite de ontem, quando veio a
público o depoimento de Benedicto Júnior, número dois da Odebrecht, que disse
que o senador Aécio Neves (PSDB/MG) lhe pediu R$9 milhões, pagos via caixa 2
(leia aqui).
Para
conter o estrago, quem veio a público na sexta-feira, dia 3/3, foi o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, corresponsável pela tragédia
brasileira, por ter dado sinal verde para o golpe liderado pelo senador Aécio
Neves (PSDB/MG), que já eliminou 7 milhões de empregos nos últimos dois anos –
primeiro com o “quanto pior, melhor” de Aécio e Eduardo Cunha em 2015 e,
depois, com a inépcia de Michel Temer e Henrique Meirelles em 2016.
Segundo
FHC, Aécio é vítima de “verdades alternativas”, contadas pela imprensa.
Como
o caixa 2 de Aécio e aliados – incluindo Dimas Toledo Júnior, filho do
responsável pela lista de Furnas – foi manchete da Folha,
do Estado, do Globo e
do Valor (saiba
mais aqui), FHC, na
prática, acusou a imprensa que também apoiou o golpe de mentir.
Leia,
abaixo, a íntegra da nota de FHC:
Lamento a estratégia usada por adversários do PSDB que difundem “notícias alternativas” para confundir a opinião pública.
A imprensa é instrumento fundamental da democracia. Usada por quem não é criterioso presta um mau serviço ao país.
Parte do noticiário de hoje sobre os depoimentos da Odebrecht serve de sinal de alerta. Ao invés de dar ênfase à afirmação feita por Marcelo Odebrecht, de que as doações à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014, foram feitas oficialmente, publicou-se a partir de outro depoimento que o senador teria pedido doações de caixa 2 para aliados.
O senador não fez tal pedido. O depoente não fez tal declaração em seu depoimento ao TSE.
É preciso serenidade e respeito à verdade nessa hora difícil que o país atravessa.
Ademais, independentemente do noticiário de hoje tratar como iguais situações diferentes, não é o caminho para se conhecer a realidade e poder mudá-la.
Visto de longe tem-se a impressão de que todos são iguais no universo da política e praticaram os mesmos atos.
No importante debate travado pelo país distinções precisam ser feitas. Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa 2 para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção.
Divulgações apressadas e equivocadas agridem a verdade, e confundem os dois atos, cuja natureza penal há de ser distinguida pelos tribunais.
A palavra de um delator não é prova em si, apenas um indício que requer comprovação. É preciso que a Justiça continue a fazer seu trabalho, que o país possa crer na eficácia da lei e que continue funcionando.
A desmoralização de pessoas a partir de “verdades alternativas” é injusta e não serve ao país. Confunde tudo e todos.
É hora de continuar a dar apoio ao esforço moralizador das instituições de Estado e deixar que elas, criteriosamente, façam Justiça.
Fernando Henrique Cardoso
Presidente de Honra do PSDB
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