É uma
ocupação em surdina, esta de candidatos envolvidos até o pescoço com a doutrina
(x $$$) do movimento evangélico que
se alastra pelo país em meio à população.
Pelo visto
estiveram/estão, também, na base da movimentação
golpista recente.
Até aqui
nenhuma novidade. O novo é o interesse em alterações no Estatuto do Desarmamento – que temos que admitir ser uma grande conquista
da sociedade brasileira – e certa militância militarizada de algumas igrejas evangélicas como se esperassem algo...
É, pode
ser uma ‘boa viagem’... Esperamos que não passe disso, ‘uma viagem’, embora,
pela movimentação na “casa do povo”, não é bem o que parece, logo, não dá para
ficar tão otimista.
Veja abaixo
os meandros da “coisa”.
"Arma + Bíblia = Fundamentalismo avançando a galope em Brasília
Autor
do projeto
de lei 3722/12,
que altera o Estatuto
do Desarmamento
e facilita o acesso a armas de fogo no Brasil, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça
(PMDB-SC) postou uma imagem polêmica em sua página no Facebook.
A
postagem, que une uma arma de fogo e uma Bíblia, é mais um capítulo no avanço
de pautas encampadas pela legislatura
mais conservadora do Congresso Nacional, mais notadamente na Câmara dos Deputados.
Não
por acaso, o projeto de lei que trata da diminuição da maioridade penal tem como os seus
'principais argumentos' passagens da Bíblia. Integrante da chamada 'Bancada
da Bala', o
deputado Peninha acabou acusado de "fundamentalismo" pelo seu colega
de Câmara, Jean
Wyllys
(PSol-RJ).
Não é
o primeiro parlamentar conservador que Wyllys confronta. Recentemente, o
deputado do PSol se envolveu em uma nova
polêmica com Jair Bolsonaro (PP-RJ), outro parlamentar que
nutre apreço por pautas conservadoras.
O uso
dos conceitos rígidos do militarismo e uma doutrina religiosa deram origem, não
faz muito tempo, a outro
grupo intitulado Gladiadores do Altar,
criação da Igreja
Universal do Reino de Deus.
Tal 'Exército' fala em apenas doutrinar, sem explicar a razão de ter de lançar
mão do militarismo nesse processo.
Não é
possível perder de vista que o Estado
Islâmico, organização que vem espalhando destruição e terror no
Oriente Médio, é o mais claro exemplo do que o fundamentalismo pode causar
quando reunido com uma interpretação particular de uma religião - neste caso, o
islamismo.
Como
se vê, essa legislatura - eleita de maneira legítima, diga-se - vai tentar
criar uma versão brasileira da Idade Média. E pelas pautas e opiniões, ela está
logo ali.
Tiago
Araujo, em BrasilPost
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