Este artigo do frei Beto nós publicamos em 18/06/15, e pelo que estamos
vendo, e vivendo, nos últimos tempos podemos até afirmar que ele foi profético,
já que o “ovo” parece estar em franca gestação, com a lei e a Justiça –
a Constituição Federal propriamente dita – sendo relativizadas de forma bizarra
pelos novos donos/sócios do governo e seus associados internos e externos.
O que fazer? O mínimo é
não embarcarmos na edição dos fatos
feita diuturnamente pela mídia usual, via TVs e Jornais associados – folhas,
estadões e seus congêneres locais, estaduais – diversificando as fontes de informação
e buscando uma maior proximidade com o que de fato está acontecendo com o país,
e, é claro, com a nossa vida, já que “alguém sempre paga a fatura”.
O uso das redes sociais é bastante oportuno, em função de seu grande
alcance, quando ao ratificarmos a nossa não concordância com tudo isso, geramos
um efeito dominó nos corações e mentes de muitos que vacilam e não tem a mínima
idéia do que fazer com tudo isso que esta rolando sobre suas/nossas cabeças.
Tudo isso no sentido de
formação de uma “unanimidade reativa”, que está longe de ser inócua e pode influir,
pode alterar o estado das coisas, pois, independente do apoio praticamente
unanime da mídia usual, eles – sobretudo
parlamentares da base de apoio – não são
refratários a esta reação em cadeia, já que parecem apostar na leseira habitual
de seu eleitor, são extremamente sensíveis
à inteligência e propriedade do voto.
Voto este que é a verdadeira mina de ouro de muitos. Por isto estão lá mancomunados
com o golpe, também, porque confiam
na ignorância crônica e ‘fiel’ de seu eleitor cativo.
"Bancada evangélica é ovo do nazismo, afirma frei Betto
Não há como não
concordar com frei Betto. Quem acompanha o ‘desempenho’ deste “novo” Congresso
percebe que é como se vivêssemos em um sistema
parlamentar, onde um evangélico, não por ser um religioso em si mesmo, mas
pelos valores radicais e explícitos que pautam e/ou que orientam a sua vida
parlamentar em dissonância com a Constituição do país, que pressupõe um Estado laico.
O clima de ódio e
aversão que parece se respirar no Congresso Nacional e por extensão para o país
via mídia conivente e oportunista – politicamente falando – gesta o que frei
Betto muito bem colocou: as condições para a eclosão de um regime de exceção que ameaça a democracia tão duramente conquistada
pelo povo brasileiro.
O escritor e
teólogo Frei Betto disse que a bancada evangélica — um movimento
político-religioso fundamentalista, ressaltou — ameaça a democracia brasileira
porque equivale ao “ovo da serpente” dos anos 30 do qual nasceu o nazismo.
Naquela
época, na Alemanha, disse, “depois que a coisa esquentou é que muito gente se
deu conta” do monstro que tinha sido gerado.
A Frente
Parlamentar Evangélica, à qual Frei Betto se referiu, é presidida pelo deputado
João Campos (PSDB/GO). É composta por deputados (a maioria) e por senadores de
diferentes partidos, no total de 79.
Ela tem se
destacado por ser contra, por exemplo, as propostas de igualdade aos
homossexuais. Se pauta principalmente por uma leitura conservadora da Bíblia.
Um de seus integrantes, Marco Feliciano, é presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Minoria da Câmara.
Frei Betto
(foto), ao falar a cerca de mil lideranças católicas no 9º Encontro Nacional Fé
e Política, no final de semana, no campus da UCB (Universidade Católica de
Brasília), se mostrou preocupado com os “segmentos religiosos [evangélicos] que
estão cada vez mais partidarizados”.
“Não tenho
nada contra os evangélicos, tenho contra essa bancada.”
Defendeu a
laicidade: “O Estado e os partidos não devem ter religião, mas respeitar a
diversidade do pluralismo religioso”.
“Precisamos
abrir o olho porque está sendo chocado no Brasil o poder fundamentalista de
confessionalização da política”, afirmou. “Isso vai dar no fascismo.”
Por Paulo Lopes
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