domingo, 22 de janeiro de 2017

Um lance do ‘pano de fundo’ do golpe. O saco sem fundo dos 8 donos de metade do Brasil

É isso, a expressão correta é ‘saco sem fundo’. Claro que para quem está de fora parece absurdo, mas é a própria lógica do capitalismo predador – em sua versão aperfeiçoada: o neoliberalismo – onde o saco tem fundo virtual.

Mas, nem por isso devemos contribuir com coisas assim, sobretudo se ‘nossos bolsos’, estilo e qualidade de vida estão na reta do sistema, já que, pelo visto, não conseguem aceitar “concorrência” mesmo que em uma dimensão infinitesimal, que seria um salário e vida minimamente decentes do ‘resto’ da população.

Não é, apenas, um fenômeno local, mas, temos que ficar ligados, cuidar da cabeça e do voto e defender aquilo que por direito seria seu/nosso.

Uma boa pista seria colocarmos uma distancia razoável entre nós/cabeça, de coisa tipo jornais nacionais da vida, diversificar fontes de informação e botar o bom senso e/ou senso critico para funcionar a contento e assim renunciar a uma visão reducionista da ‘coisa’ como querem fazer crer à grande parte da população.

O artigo é bom e ajuda a entender um pouco a lógica do sistema, como este que o golpe tenta implantar em toda sua dimensão por aqui.
Estas são as 'peças'
"Donos da Globo estão entre as oito pessoas que têm mais de metade da riqueza do país
Postado em Apenas os três irmãos Marinho, herdeiros do grupo Globo, e mais cinco homens possuem juntos a mesma riqueza que mais de 100 milhões de brasileiros, que representam mais da metade da população do país. A fortuna acumulada pelos oito brasileiros mais ricos em 2016 é estimada em R$ 285,8 bilhões, segundo a revista Forbes. A conclusão foi divulgada ontem (16), no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, pela ONG Oxfam, no estudo Uma economia humana para os 99%.

Completam a lista dos mais ricos do Brasil, pela ordem: Jorge Paulo Lemann (sócio da Ambev e dono da Budweiser, Burger King e Heinz); Joseph Safra (dono do banco Safra); Marcel Herrmann Telles (sócio da Ambev e também dono da Budweiser, Burger King e Heinz); Carlos Alberto Sicupira (outro sócio da Ambev e dono da Budweiser, Burger King e Heinz); Eduardo Saverin (cofundador do Facebook); e João Roberto Marinho (herdeiro do grupo Globo).

Na sexta posição da lista, João Roberto está empatado com seus irmãos José Roberto e Roberto Irineu Marinho, cada um dono de um patrimônio avaliado em R$ 13,92 bilhões. Se incluísse os três – patrimônio de quase R$ 42 bilhões –, a lista teria oito bilionários com ainda mais riqueza concentrada.

A profunda desigualdade brasileira é similar ao que acontece em âmbito mundial. De acordo com o estudo apresentado pela Oxfam, apenas oito homens possuem a mesma riqueza que os 3,6 bilhões de pessoas da metade mais pobre da humanidade.

Para Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam, os grandes negócios e os indivíduos mais ricos do mundo estão se aproveitando da crise econômica, pagando menos impostos, reduzindo salários dos trabalhadores e influenciando a política de seus países em benefício próprio.

Embora as fortunas de alguns bilionários possam ser atribuídas ao seu trabalho duro e talento, a análise da Oxfam para esse grupo indica que um terço do patrimônio dos bilionários do mundo tem origem em riqueza herdada, enquanto 43% podem ser atribuídos ao favorecimento ou nepotismo”, diz o documento.

O documento associa ainda a concentração de riqueza à remessa de fortunas a paraísos fiscais, associada a sonegação de impostos, e ao aumento do lucro de acionistas de empresas. Segundo a ONG, ocorre no mundo um aumento vertiginoso de ganhos dos altos executivos, enquanto salários de trabalhadores não mudaram ou até diminuíram.

“Em todo o mundo, empresas estão implacavelmente empenhadas em reduzir seus custos com mão de obra – e em garantir que os trabalhadores e fornecedores da sua cadeia de abastecimento fiquem com uma fatia cada vez menor do bolo econômico”, afirma a ONG.

A constatação coincide com um fenômeno em curso no Brasil pós-impeachment.

Enquanto os controladores da Globo ostentam posição bilionária no ranking, os veículos da empresa dedicam seu noticiário a defender projetos que reduzem direitos dos trabalhadores. A reforma da Previdência tem sido alvo de séries de matérias especial nos telejornais e são frequentes editorias em defesa da “flexibilização” de leis trabalhistas e condenando a política de valorização do salário mínimo. 


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