É isso, a expressão correta é ‘saco sem fundo’. Claro que para quem está
de fora parece absurdo, mas é a própria lógica
do capitalismo predador – em sua versão aperfeiçoada: o neoliberalismo – onde o saco tem fundo
virtual.
Mas, nem por isso devemos contribuir com coisas assim, sobretudo se
‘nossos bolsos’, estilo e qualidade de
vida estão na reta do sistema, já que, pelo visto, não conseguem aceitar
“concorrência” mesmo que em uma dimensão infinitesimal, que seria um salário e
vida minimamente decentes do ‘resto’ da população.
Não é, apenas, um fenômeno local, mas, temos que ficar ligados, cuidar
da cabeça e do voto e defender
aquilo que por direito seria seu/nosso.
Uma boa pista seria colocarmos uma distancia razoável entre nós/cabeça,
de coisa tipo jornais nacionais da vida,
diversificar fontes de informação e
botar o bom senso e/ou senso critico para funcionar a contento e assim renunciar
a uma visão reducionista da ‘coisa’ como querem fazer crer à grande parte da
população.
O artigo é bom e ajuda a entender um pouco a lógica do sistema, como
este que o golpe tenta implantar em
toda sua dimensão por aqui.
Estas são as 'peças' |
"Donos da Globo estão entre as oito pessoas que têm mais de metade da riqueza do país
Postado em Apenas
os três irmãos Marinho, herdeiros do grupo Globo, e mais cinco homens possuem
juntos a mesma riqueza que mais de 100 milhões de brasileiros, que representam
mais da metade da população do país. A fortuna acumulada pelos oito brasileiros
mais ricos em 2016 é estimada em R$ 285,8 bilhões, segundo a revista Forbes. A
conclusão foi divulgada ontem (16), no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, pela
ONG Oxfam, no estudo Uma economia humana para os 99%.
Completam a
lista dos mais ricos do Brasil, pela ordem: Jorge Paulo Lemann (sócio da Ambev
e dono da Budweiser, Burger King e Heinz); Joseph Safra (dono do banco Safra);
Marcel Herrmann Telles (sócio da Ambev e também dono da Budweiser, Burger King
e Heinz); Carlos Alberto Sicupira (outro sócio da Ambev e dono da Budweiser,
Burger King e Heinz); Eduardo Saverin (cofundador do Facebook); e João Roberto
Marinho (herdeiro do grupo Globo).
Na sexta
posição da lista, João Roberto está empatado com seus irmãos José Roberto e
Roberto Irineu Marinho, cada um dono de um patrimônio avaliado em R$ 13,92
bilhões. Se incluísse os três – patrimônio de quase R$ 42 bilhões –, a lista
teria oito bilionários com ainda mais riqueza concentrada.
A profunda
desigualdade brasileira é similar ao que acontece em âmbito mundial. De acordo
com o estudo apresentado pela Oxfam, apenas oito homens possuem a mesma
riqueza que os 3,6 bilhões de pessoas da metade mais pobre da humanidade.
Para Katia
Maia, diretora-executiva da Oxfam, os grandes negócios e os indivíduos mais
ricos do mundo estão se aproveitando da crise econômica, pagando menos
impostos, reduzindo salários dos trabalhadores e influenciando a política de
seus países em benefício próprio.
Embora as
fortunas de alguns bilionários possam ser atribuídas ao seu trabalho duro e
talento, a análise da Oxfam para esse grupo indica que um terço do patrimônio
dos bilionários do mundo tem origem em riqueza herdada, enquanto 43% podem ser
atribuídos ao favorecimento ou nepotismo”, diz o documento.
O documento
associa ainda a concentração de riqueza à remessa de fortunas a paraísos
fiscais, associada a sonegação de impostos, e ao aumento do lucro de acionistas
de empresas. Segundo a ONG, ocorre no mundo um aumento vertiginoso de
ganhos dos altos executivos, enquanto salários de trabalhadores não mudaram ou
até diminuíram.
“Em todo o
mundo, empresas estão implacavelmente empenhadas em reduzir seus custos com mão
de obra – e em garantir que os trabalhadores e fornecedores da sua cadeia de
abastecimento fiquem com uma fatia cada vez menor do bolo econômico”, afirma a
ONG.
A constatação
coincide com um fenômeno em curso no Brasil pós-impeachment.
Enquanto os
controladores da Globo ostentam posição bilionária no ranking, os veículos da
empresa dedicam seu noticiário a defender projetos que reduzem direitos dos
trabalhadores. A reforma da Previdência tem sido alvo de séries de matérias
especial nos telejornais e são frequentes editorias em defesa da
“flexibilização” de leis trabalhistas e condenando a política de valorização do
salário mínimo.
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