quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O titulo deveria ser: cuidando do voto, mas, “Bíblia” toma de assalto a ‘casa do povo’

Depois de vermos imagens assim, como está acima, onde um cara que se diz católico (até ‘conservador’), que, pelo visto, não encontrando seara – votos? – para suas insanidades políticas em meios ‘católicos’ (??) e outros, se ajoelha diante de um neo/pastor, provavelmente diante de plateia lotada...

Fica até normal, natural, o fenômeno que vem rolando na dita cuja “casa do povo”, notadamente na Câmara dos Deputados, quando a nova onda religioso-bíblica vem tentado dar o tom e elegendo uma pauta extremamente conservadora – leia-se retrocesso – e, o que parece pior, respaldada por votos. É isso, votos nas urnas!

Como tudo isso faz parte do pacote do golpe, a mídia local associada continua fazendo sua parte. Omitindo, dissimulando, suavizando e deixando ‘a coisa’ rolar nas entrelinhas para as cabeças – inadjetiváveis – do ‘da poltrona...”
"Arma + Bíblia = Fundamentalismo avançando a galope em Brasília
Autor do projeto de lei 3722/12, que altera o Estatuto do Desarmamento e facilita o acesso a armas de fogo no Brasil, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) postou uma imagem polêmica em sua página no Facebook.

A postagem, que une uma arma de fogo e uma Bíblia, é mais um capítulo no avanço de pautas encampadas pela legislatura mais conservadora do Congresso Nacional, mais notadamente na Câmara dos Deputados.

Não por acaso, o projeto de lei que trata da diminuição da maioridade penal tem como os seus 'principais argumentos' passagens da Bíblia. Integrante da chamada 'Bancada da Bala', o deputado Peninha acabou acusado de "fundamentalismo" pelo seu colega de Câmara, Jean Wyllys (PSol-RJ).

Não é o primeiro parlamentar conservador que Wyllys confronta. Recentemente, o deputado do PSol se envolveu em uma nova polêmica com Jair Bolsonaro (PP-RJ), outro parlamentar que nutre apreço por pautas conservadoras.

O uso dos conceitos rígidos do militarismo e uma doutrina religiosa deram origem, não faz muito tempo, a outro grupo intitulado Gladiadores do Altar, criação da Igreja Universal do Reino de Deus. Tal 'Exército' fala em apenas doutrinar, sem explicar a razão de ter de lançar mão do militarismo nesse processo.

Não é possível perder de vista que o Estado Islâmico, organização que vem espalhando destruição e terror no Oriente Médio é o mais claro exemplo do que o fundamentalismo pode causar quando reunido com uma interpretação particular de uma religião - neste caso, o islamismo.

Como se vê, essa legislatura - eleita de maneira legítima, diga-se - vai tentar criar uma versão brasileira da Idade Média. E pelas pautas e opiniões, ela está logo ali.

Tiago Araujo, em BrasilPost

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