Veja a suavidade da Folha: (...) “permite retirada”...
É pra posar de mídia sem correr os riscos de perder a boquinha de publicidade da
prefeitura.
É isso! Uma ‘nova abordagem’ para “limpar” e dar
um visual mais ‘clean’ à cidade que o elegeu, pelo visto, vale tudo.
Se você votou no dito cujo, deve estar satisfeito
(a), feliz... O ‘método cirúrgico’, ou coisa que o valha, pelo visto, funciona.
Pode comemorar!
"Decreto de Doria permite
retirada de cobertores de moradores de rua
O
prefeito João Doria (PSDB) retirou o veto que proibia a remoção de
papelões, colchões, colchonetes, cobertores, mantas, travesseiros,
lençóis e barracas desmontáveis dos moradores de rua.
O
decreto, criado na gestão de Fernando Haddad (PT), não permitia
esse tipo de apreensão, e o recolhimento de sofás, camas e barracas
só poderia acontecer se o proprietário não removesse.
O
novo texto, publicado no "Diário Oficial" do município
neste sábado (21), ainda dá o aval para recolher esses itens que
"caracterizem estabelecimento permanente em local público".
"[Retirar cobertores] seria uma desumanidade.
Isso
não vai ser feito. É apenas para preservar o direito da GCM [Guarda
Civil Metropolitana] para não haver a ilegalidade, mas jamais
retirar pertences e cobertores" afirmou o prefeito em evento na
manhã deste domingo (22).
O
novo decreto mantém item apenas que trata do veto à apreensão de
"bens pessoais, tais como documentos de qualquer natureza,
cartões bancários, sacolas, medicamentes e receitas médicas,
livros, malas, mochilas, roupas, sapatos, cadeiras de rodas e
muletas", além de instrumentos de trabalho. O texto ainda
informa que a prefeitura passa a ser a "fiel depositária"
dos bens duráveis recolhidos.
Os
proprietários serão notificados no momento da apreensão para onde
irão os pertences e terão o prazo de 30 dias para retirá-los. Cabe
à respectiva Prefeitura Regional o trabalho de inventariar e
encaminhar para depósitos adequados. Já os bens "inservíveis,
excessivamente deteriorados ou que não revelem valor econômico ou
utilitário sob qualquer perspectiva" poderão ser descartados
imediatamente.
A
decisão já repercutiu em redes sociais em publicações como a do
vereador Eduardo Suplicy (PT), que escreveu: "Estaremos atentos
aos efeitos práticos dessas mudanças na vida das pessoas".
FALTA DE DIÁLOGO Funcionários da SMDHC (Secretaria Municipal de
Direitos Humanos e Cidadania) têm se queixado da revisão do
decreto, que classificam como absurda.
A
principal reclamação é a falta de diálogo, pois a decisão veio
diretamente das secretarias de Prefeituras Regionais, Justiça e do
Governo, sem passar pela SMDHC, que trabalha diretamente com a
população de rua. A reportagem entrou em contato com a secretaria,
mas não obteve resposta até as 19h.
Patricia
Pamplona – São Paulo – SP (FolhaPress)
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