A justiça no Brasil virou – virou não, pois já estava sendo há já um bom tempo – “a casa da mãe joana”
e assume sem pejo, sem vergonha, sua nova função auto-proclamada.
Tornou-se
uma instância inédita dentro do conceito de Estado Moderno, o poder
que está – se coloca –
acima dos demais como o vértice sagrado e luminoso do triângulo tradicional e,
diga-se de passagem, democrático.
"Corporativismo a mil. Juízes querem “eleger” ministro do STF
O
corporativismo do Judiciário não está só da defesa imoral dos “auxílio-moradia”
e os vencimentos “rompe-teto” (além, é claro, do “eu prendo porque posso”).
Agora, a Associação de Juízes Federais,
a Ajufe, lançou uma eleição, ilegal e
improvisada, para
indicar o novo ministro do Supremo, que substituiria Teori Zavascki, através de
uma lista tríplice na qual, segundo o “edital” publicado, “não será considerada
a indicação de candidato que não seja magistrado federal”.
Nem mesmo juiz e desembargador estadual
“pode”, que dirá professores, advogados e juristas de alto saber.
“É nóis na fita”.
Desculpem a palavra, mas é a
esculhambação geral da Justiça.
É tão bacaninha o troço que pode-se
votar ” exclusivamente pelo email consulta@ajufe.org.br
ou pelo Whatsapp do telefone (061) 991009411″. Quer dizer, nem sigilo do voto
tem, porque os dirigentes da Ajufe ficam sabendo em quem votou cada associado.
O Congresso em Foco insinua
que é para produzir uma “demonstração de apoio político”.
Adivinhe em favor de quem?
Pobre do Dr. Sérgio Moro, um homem tão
discreto, tão avesso a holofotes, solenidades e eventos, ser envolvido numa
votação improvisada. só para sair modestamente conformado… “eu não queria, mas
já que vocês insistem…”
A magistratura brasileira perdeu o
decoro, mesmo.
Por Fernando
Brito
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