sexta-feira, 22 de maio de 2015

Apesar dos delírios dos JNs da vida, nova Ordem Mundial está lançada e os EUA não é mais o protagonista principal


Apesar de a mídia associada tradicional continuar se atendo, e divulgando, como se porta vozes oficiais fosse, os delírios expansionistas e hegemônicos dos EUA por toda parte, outra realidade se gesta, e a passos larguíssimos, que redesenha o mapa geopolítico de influência e poder mundial sob as barbas esbranquiçadas e gastas do velho Tio Sam.
EUA acordam para Nova Ordem Mundial, por Pepe Escobar
Quarta-feira, 20 de maio de 2015

O Governo Obama parece que compreendeu que a estratégia de isolamento da Rússia está esgotada: Moscou não vai ceder em dois pontos primordiais.

Por Pepe Escobar, no Information Clearing House

Os verdadeiros Mestres do Universo nos EUA não podem prever o tempo, mas sem dúvida começam a sentir para que lado o vento está soprando.
 
A História poderá registrar que tudo começou com a viagem esta semana a Sochi, na Rússia, liderada pelo garoto de recados e Secretário de Estado John Kerry, que se reuniu com o Ministro das Relações Exteriores Lavrov e, em seguida, com o Presidente Putin.

Foi possivelmente uma imagem o que acordou os verdadeiros Mestres do Universo: o Exército de Libertação Popular marchando na Praça Vermelha no Dia da Vitória lado a lado com os militares russos. Nem sob a aliança Stalin-Mao as tropas chinesas haviam marchado na Praça Vermelha.

A marcha é um sinal quase tão eloquente quanto os sistemas de mísseis russos S-500. Qualquer adulto em Washington deve ter feito as contas e concluído que Moscou e Pequim estão prestes a assinar protocolos militares secretos como no pacto Molotov-Ribbentrop. A nova rodada da dança das cadeiras certamente deixará apoplético Zbig Brzezinski, cientista político obcecado pela Eurásia.
 
E, de repente, em vez da demonização implacável e de a OTAN reclamar da “agressão russa", vemos Kerry dizer, a cada dez segundos, que a única saída para a Ucrânia é respeitar o acordo Minsk-2, e que iria repreender o vassalo Poroshenko por se vangloriar de ter bombardeado o aeroporto de Donetsk e arredores para recuperar o território de volta para a "democracia" ucraniana.

Já o sempre equilibrado Lavrov descreveu o encontro com Kerry como "maravilhoso", e o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov falou que os novos entendimentos EUA-Rússia eram "extremamente positivos".

O Governo Obama, que se autodefine como um governo "Não cometa nenhuma estupidez", parece finalmente compreender que a estratégia de isolamento da Rússia está esgotada – e que Moscou simplesmente não vai ceder em dois pontos primordiais: a Ucrânia não vai entrar na OTAN e não há possibilidade de as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk serem esmagadas, seja por Kiev, pela OTAN ou por quem quer que seja.

O que foi realmente discutido – mas não vazou – em Sochi foi como o Governo de Obama poderia salvar as aparências ao se retirar da bagunça geopolítica que se tornou a fronteira ocidental da Rússia, onde os EUA se enfiaram sem ninguém ter convidado, aliás.


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