domingo, 10 de fevereiro de 2013

O flerte com a ditadura e os riscos para a democracia

 Este não é o título original no artigo que vai ler abaixo, mas, me pareceu mais preciso ou adequado, daí a “licença poética”, e a mudança. É o velho recurso dos setores minoritários associada à mídia de sempre – toda ela apoiadora e avalista da ditadura de 64 – de tentar “chutar o balde”, quando tem seus interesses contrariados, o que vem ocorrendo, sistematicamente, desde o primeiro governo Lula.

Manchetes da época do Golpe Militar de 1964
O que direi agora, leitor, a princípio pode surpreendê-lo, mas o julgamento da Ação Penal 470 (vulgo julgamento do “mensalão”) pelo STF teve ao menos um grande mérito. Ficamos todos sabendo que a sociedade brasileira, quase trinta anos após o fim da ditadura militar, está infestada de protoditadores em todos os seus estratos.

Alguns deles, diga-se, muito menos proto do que ditadores, pois, para ditadores de fato, só lhes falta o Poder. Mas a cabeça de ditador, nesses, é “perfeita”.

Senão, vejamos: dia desses, comentaristas vieram a este Blog dizer que criticar violações dos direitos de réus daquele julgamento seria “apologia ao crime” e que, portanto, este que escreve “deveria ser preso” (!). É isso mesmo que leu: querem que o exercício de meu direito constitucional à liberdade de expressão seja criminalizado. “Só” isso.

Quem pode ser tão irracional a ponto de apoiar que as leis e o próprio Estado de Direito sejam literalmente pisoteados simplesmente a fim de aumentar as chances eleitorais de um grupo político representante de um grupo econômico, social e regional, se não for um protoditador?

A alma ditatorial tem se feito presente em praticamente tudo na política na última década. Mas a característica mais marcante tem sido a de simplesmente o grupo político que se opõe ao governo federal, que ora completa uma década no Poder, querer condenações sumárias a todo aquele que julga que pode atrapalhar seus planos de retomar o mesmo Poder.

Isso foi visto, recentemente, nos ataques que os novos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Alves, sofreram de setores da imprensa e da Procuradoria Geral da República.

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