Frei Betto, é autor de mais de 50
livros traduzidos para vários idiomas. Militante da chamada Teologia
da Libertação, movimento de caráter religioso-político surgido na
América Latina na década de 1950, Betto participou de vários
movimentos pastorais e sociais.
Por sua atuação política, foi preso
duas vezes durante o regime militar (1964-1985), chegando a passar
quatro anos detido. Entre 2003 e 2004 foi assessor especial do então
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Também foi
coordenador de mobilização social do programa Fome Zero.
A Organização das Nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura (Unesco) concedeu ao escritor e assessor de
movimentos sociais Frei Betto o Prêmio Internacional José Martí.
Em nota, a Unesco informou que Frei Betto foi escolhido por um júri
internacional por sua contribuição à justiça social, aos direitos
humanos e à construção de uma cultura de paz universal e por sua
oposição a todas as formas de discriminação, injustiça e
exclusão.
“Me dá muita alegria, mas reconheço que este não é um prêmio
à minha pessoa, e sim a todos os movimentos sociais e comunidades
com que eu venho trabalhando ao longo de décadas pela paz, justiça
e direitos humanos. Eu sou apenas um grão de areia numa enorme praia
que converge na direção dessas três bandeiras que constituem a
maior ansiedade da humanidade”, disse à Agência Brasil
Frei Betto, destacando a importância de, segundo ele, ter sido
escolhido por unanimidade do júri. “Eu nem sabia que meu nome
tinha sido indicado até ser [extraoficialmente] informado de que eu
havia ganho o prêmio”,disse ele, que recebeu hoje (11) o e-mail
oficial da Unesco.
Frei Betto disse desconhecer quem eram os outros indicados ao
prêmio, cujos nomes não foram divulgados pela Unesco.
Criado em 1994, por iniciativa do governo de Cuba, o prêmio tem o
objetivo de recompensar as organizações ou pessoas que desenvolvam
ações que reflitam os ideais do herói da Independência Cubana,
José Martí, um defensor da união dos países da América Latina e
do Caribe. A distinção também é concedida a quem tenha
contribuído para a preservação da identidade, tradição cultural
e valores históricos das nações latino-americanas e caribenhas.
A sexta edição do prêmio de US$ 5 mil, financiado por Cuba,
coincide com as comemorações do 160º aniversário de nascimento de
José Martí. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 28
deste mês, em Havana. "Faço questão de ir a Cuba para receber
este prêmio pessoalmente", comentou Frei Betto.
A cada edição, os nomeados são indicados pelos governos dos
Estados membros da Unesco e pelas organizações não governamentais
(ONGs) que colaboram com a organização. O último ganhador,antes de
Betto, foi o escritor argentino Atilio Borón.
Nascido em Belo Horizonte, em 1944, Carlos Alberto Libânio
Christo, o Frei Betto, é autor de mais de 50
livros traduzidos para vários idiomas. O mais conhecido
deles, Batismo de Sangue, venceu o Prêmio Jabuti de 1982,
na categoria biografia/memórias. Militante da
chamada Teologia da Libertação, movimento de caráter
religioso-político surgido na América Latina na década de 1950,
Betto participou de vários movimentos pastorais e sociais.
Por sua atuação política, foi preso duas
vezes durante o regime militar (1964-1985), chegando a passar quatro
anos detido. Entre 2003 e 2004 foi assessor especial do então
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Também foi
coordenador de mobilização social do programa Fome Zero.(Agência
Brasil)
sábado, 12 de janeiro de 2013
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