Paraguai é suspenso do Mercosul

A comemoração do Golpe de Estado

A decisão dos membros do Mercosul se deu não em função da destituição do presidente Lugo por impeachement, que é um instrumento normal em um Estado democrático, mas, pela forma como foi feito, “à toque de caixa” sem ter-lhe garantido o direito constitucional de defesa.

A rapidez do proccesso pressupõe uma conspiração ou um Golpe de Estado típico que, ao que tudo indica, tem interesses externos no episódio, haja vista o imediato reconhecimento do “novo governo” pelos EUA, que quer “botar um pé” não só na América do Sul, mas no próprio Mercosul.

O Paraguai está suspenso do Mercosul. A decisão foi anunciada hoje (24) à noite pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A medida é um protesto por parte do Brasil, da Argentina e do Uruguai, que compõem o bloco, e também dos países parceiros – o Equador, a Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru. Os nove governos condenam de forma veemente a maneira como ocorreu o impeachment do presidente Fernando Lugo no último dia 22.

“[Todos os países que assinam o presente documento querem] expressar sua mais firme condenação da ordem democrática que ocorreu na República do Paraguai, pela inobservância do devido processo”, diz o comunicado. “[Decidimos] suspender o Paraguai imediatamente”, acrescenta. “[É uma] declaração dos Estados-Partes do Mercosul e Estados Associados sobre violação da ordem democrática no Paraguai.”

O tema deverá ser o centro dos debates na próxima Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina, nos dias 28 a 29. 

A iniciativa indica que o Paraguai tembém deverá ser suspenso da UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), da qual fazem parte, além dos 9 países que assinaram o documento do Mercosul, o Suriname e a Guiana.

Fonte: Agência Brasil

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