terça-feira, 13 de novembro de 2018

A nação e a Universidade ameaçadas. Um 'déjà-vu' assustador

Dê uma lida, é um protesto/depoimento de quem conheceu e/ou viveu tempos difíceis com a ditadura de 64, que hoje se insinua nos corações e mentes de tantos iludidos pelo assédio tecnológico das fake news, que endossaram por pura ignorância e desinformação – é bom salientar que as expressões ignorância e desinformação independem de condição social, nível de escolaridade e renda – esse estado de coisa altamente lesivo à população, às instituições e ao país.

         A nação e a Universidade ameaçadas

"Quem conheceu os danos à vida democrática e à autonomia universitária devidos ao golpe de 1964 e ao ato institucional no 5º de 1968, sabe quanto e temerária a possivel condução ao poder de entusiastas daquele obscuro período a que nossa nação foi submetida. Por isso, independetemente de diferenças entre nossas convicções políticas, nós que vivemos aquelas circusntâncias, em nossa condição de traballho foi profundamente perturbada, nos associamos a todos na comunidade acadêmica que se opõem a qualquer retrocesso em nossa democracia"
Este texto, com este título, é parte do que subscrevi com outros colegas e foi utilizado por funcionários, estudantes e docentes para anunciar uma reunião à qual fui convidado. A solicitação para escrever esta matéria decorreu da minha fala naquela ocasião e, aceitando a oportunidade oferecida pelo Jornal da USP, partilho com os que viveram ou não as décadas da ditadura militar, o que experimentei pessoalmente, como estudante e como professor em nossa universidade. Quando do golpe militar, senti seu direto impacto como estudante de graduação, pois atividades até então rotineiras, como atuação em centros acadêmicos, passaram a ser vigiadas e, a partir de qualquer conotação política, tratadas como subversivas. Estudantes e professores que se mobilizavam em defesa da democracia foram perseguidos no próprio campus, pois junto à Reitoria instalou-se um comando militar com acesso aos dados acadêmicos e com poder de intervenção. Assim, nossa atuação de resistência passou a ser praticamente clandestina, e a muitos professores submetidos à contínua ameaça só restou o exílio para universidades no exterior.

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