O
dedo do psdb é “visível” no governo,
entre aspas, do temer, afinal seu
compromisso de desfazer da Petrobrás
- Pré-sal não é de hoje. O fhc bem que tentou botar fora quando esteve
na presidência nos anos 90 com a
Petrobrax, mas
não deu certo.
Agora mudaram a estratégia. A ideia, em andamento,
é desfazê-la em pedaços, já que por partes não vai dar tanto assim na vista. Afinal
é parte/meta fundamental do golpe. Os
tais leilões que estão rolando fazem parte do processo.
"No coração do golpe, o ataque ao pré-sal
Começou semana passada, e pode avançar este
mês, entrega das enormes reservas de petróleo do país às transnacionais.
Algumas, como a Exxon, apoiaram alegremente o golpe. Têm a recompensa
A
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) retomou no
dia 27 de setembro, os leilões de áreas para a exploração e produção de
petróleo e gás natural, com a realização da 14ª Rodada de licitações. Os 287
blocos em oferta têm, segundo a agência, potencial para descobertas no pré-sal,
embora sejam áreas oferecidas sob regime de concessão. A retomada dos leilões
de áreas petrolíferas nas bacias sedimentares, após dois anos, ocorre após uma
série de mudanças adotadas pelo governo, como a flexibilização das regras das
licitações.
Entre as principais alterações estão: a)
desobrigação da Petrobras de atuar com exclusividade de operação nos campos do
pré-sal; b) redução das exigências de conteúdo local; c) ampliação para 20 anos
do Repetro – regime aduaneiro especial, que permite a importação de
equipamentos específicos para serem utilizados diretamente nas atividades de
pesquisa e lavra.
No
leilão do dia 27, algumas gigantes do petróleo, que apoiaram alegremente o
golpe, arremataram algumas áreas, como foi o caso da Exxon Mobil. Com os leilões de áreas do pré-sal, previstos
para outubro, deverão vir todas as grandes multinacionais, agora já com as
principais regras da Lei de Partilha decapitadas, como José Serra havia
prometido à Chevron, em 2010.
O
desmonte da Petrobras e a entrega do
pré-sal são extremamente funcionais à agenda de guerra que os golpistas
colocaram em marcha: enfraquecem a capacidade de ação, externa e interna, do
Estado brasileiro; dificultam muito a retomada da industrialização (para a qual
a Petrobras é fundamental); internacionalizam ainda mais a economia brasileira,
tornando o país uma plataforma de matérias primas das multinacionais, por baixo
preço, visando compensar a crise mundial. Se houver correlação de forças (por exemplo,
com um golpe militar), vão vender também a Petrobras, como pretendiam nos anos
de 1990 (na gestão FHC), quando mudaram até o nome para Petrobrax. Neste
momento estão desmontando a empresa, sem alarde, para facilitar o processo de
venda do controle acionário para estrangeiros.
Alguns
executivos de multinacionais do petróleo, como se poderia prever, não têm
poupado elogios à direção da Petrobras, justamente em relação àquilo que é
essencial para o país, no que se refere à lei de Partilha: fim das normas de
conteúdo local, da exclusividade na exploração do óleo e do compromisso com o
desenvolvimento. Ao mesmo tempo em que os atuais dirigentes da empresa são
duros com os seus trabalhadores e com o povo em geral, agem com os
representantes das multinacionais como verdadeiros poodles amestrados.
Por José Álvaro de Lima
Cardoso, em Outras Palavras
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