sábado, 25 de março de 2017

Parlamentares evangélicos e o estatuto do desarmamento (???)

É uma ocupação em surdina, esta de candidatos envolvidos até o pescoço com a doutrina (x $$$) do movimento evangélico que se alastra pelo país em meio à população.

Pelo visto estiveram/estão, também, na base da movimentação golpista recente.

Até aqui nenhuma novidade. O novo é o interesse em alterações no Estatuto do Desarmamento – que temos que admitir ser uma grande conquista da sociedade brasileira – e certa militância militarizada de algumas igrejas evangélicas como se esperassem algo...

É, pode ser uma ‘boa viagem’... Esperamos que não passe disso, ‘uma viagem’, embora, pela movimentação na “casa do povo”, não é bem o que parece, logo, não dá para ficar tão otimista.

Veja abaixo os meandros da “coisa”.
"Arma + Bíblia = Fundamentalismo avançando a galope em Brasília
Autor do projeto de lei 3722/12, que altera o Estatuto do Desarmamento e facilita o acesso a armas de fogo no Brasil, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) postou uma imagem polêmica em sua página no Facebook.

A postagem, que une uma arma de fogo e uma Bíblia, é mais um capítulo no avanço de pautas encampadas pela legislatura mais conservadora do Congresso Nacional, mais notadamente na Câmara dos Deputados.

Não por acaso, o projeto de lei que trata da diminuição da maioridade penal tem como os seus 'principais argumentos' passagens da Bíblia. Integrante da chamada 'Bancada da Bala', o deputado Peninha acabou acusado de "fundamentalismo" pelo seu colega de Câmara, Jean Wyllys (PSol-RJ).

Não é o primeiro parlamentar conservador que Wyllys confronta. Recentemente, o deputado do PSol se envolveu em uma nova polêmica com Jair Bolsonaro (PP-RJ), outro parlamentar que nutre apreço por pautas conservadoras.

O uso dos conceitos rígidos do militarismo e uma doutrina religiosa deram origem, não faz muito tempo, a outro grupo intitulado Gladiadores do Altar, criação da Igreja Universal do Reino de Deus. Tal 'Exército' fala em apenas doutrinar, sem explicar a razão de ter de lançar mão do militarismo nesse processo.

Não é possível perder de vista que o Estado Islâmico, organização que vem espalhando destruição e terror no Oriente Médio, é o mais claro exemplo do que o fundamentalismo pode causar quando reunido com uma interpretação particular de uma religião - neste caso, o islamismo.

Como se vê, essa legislatura - eleita de maneira legítima, diga-se - vai tentar criar uma versão brasileira da Idade Média. E pelas pautas e opiniões, ela está logo ali.

Tiago Araujo, em BrasilPost

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