sábado, 18 de março de 2017

Confira como ser mais criativo em 6 passos relativamente simples

Apesar do momento político/histórico em que estamos envolvidos, emersos, mesmo, o nosso blog costuma publicar nos fins de semana temas mais – como poderia dizer? – mais leves? O que seria uma forma de ‘relaxamento’ diante de tantas notícias/reflexões indigestas, embora necessárias/vitais à nossa sanidade político-social.

Este é um ‘como fazer’ que pode dar uma força em nosso cotidiano...
“Como ser mais criativo em 6 passos
Ser criativo faz parte da natureza humana - e os desenhos nas cavernas são a prova disso. Mesmo quando a vida era muito mais bruta, ainda havia espaço para a criação. Mas, só porque todo mundo possui criatividade em si não quer dizer que exista uma única forma de expressá-la. Ela se manifesta de formas diferentes e, por isso, pode ser estimulada de variados modos.

Existem, no entanto, pesquisas da neurociência e dicas de especialistas que servem para qualquer cérebro. Conversamos com Mark Randall, chefe de estratégia e vice-presidente de criatividade digital da Adobe. Antes de integrar uma das maiores corporações da área de criação, Randal foi um criador de start-ups em série. Hoje, ele define quais serão as maiores tendências do mercado de criação a longo prazo. “Eu não conheço nenhum humano que não seja criativo. Se você não tem mais criatividade, você perdeu sua humanidade”, disse à Galileu Mark Randall. Também usamos como base para a lista o livro Zig zag: The Surprising Path to Greater Creativity, de Keith Sawyer, um dos maiores especialistas em criatividade dos Estados Unidos. Confira:
1 - Valorize suas ideias e pare de se importar com a opinião dos outros
Pablo Picasso já dizia que todas as crianças nascem artistas. “O problema é manter -se artista depois de crescido”, afirmava o pintor. Por quê? “Às vezes as expectativas dos outros minam a nossa criatividade, mas muitas vezes nós fazemos isso com nós mesmos”, afirma Randall. Aquela gozação do coleguinha sobre sua letra ou a professora que lhe disse que desenho não era com você podem ter causado um efeito maior do que você imagina. Por sorte, ninguém pode acabar com sua criatividade sem seu consentimento. A maioria dos grandes artistas não davam a mínima para a opinião dos outros. Valorize seus rabiscos, mesmo que ninguém mais os valorize.
2 - Faça perguntas, muitas perguntas
Certa vez, perguntaram a Albert Einstein como ele resolvia problemas, e ele respondeu que, se tivesse uma hora para resolver um problema e sua vida dependesse disso, ele passaria 55 minutos definindo a pergunta certa a fazer. “Quando eu soubesse a pergunta correta, poderia resolver o problema em menos de cinco minutos”, disse o gênio.

Como Keith Sawyer disse no livro Zig zag: The Surprising Path to Greater Creativity, se você está empacado em algum problema, é porque está respondendo a pergunta errada. “Pensar coisas novas exige fazer novas perguntas, não responder as mesmas perguntas melhor ou de formas diferentes. As melhores respostas surgem depois de redefinir a pergunta”, diz Randall.
3 - Rebele-se
Osho, guru indiano e mestre da meditação, dizia que a criatividade é a maior rebelião da existência. Faz sentido na medida em que, para descobrir um problema e resolvê-lo da melhor forma possível, você precisa enxergá-lo. Se você aceita a realidade como ela é, dificilmente você vai teorizar sobre como ela poderia ser diferente. “Nesse sentido as pessoas precisam discordar mais, dizer ‘eu sei que é assim, mas poderia ser muito melhor’. O termo que eu uso é ser construtivamente insensato”, afirma Randall.
4 - Combine ideias antigas
Segundo Keith Sawyer, os melhores insights vêm da combinação de ideias completamente sem relação. “Desenhe um móvel que lembra uma fruta ou um abajur que também é um livro ou apenas escolha duas palavras aleatoriamente fechando seus olhos e apontando para páginas de um livro e invente uma combinação”, diz ele no seu último livro.

Você também pode gerar novas ideias fazendo uma lista sobre como o mundo poderia ser diferente, por exemplo, se existissem cinco sexos ou se a gravidade cessasse um segundo por dia. Depois, é só cruzar as respostas e tentar extrair algo genuíno.
5 - Abra caminhos
Leonardo da Vinci, um dos maiores gênios da história, não era apenas um artista, mas arquiteto, músico, matemático, engenheiro, especialista em anatomia, geólogo e botânico. Ufa. Lembra aquele sonho infantil de ser cantora-modelo-atriz-e-apresentadora. Pode ser improvável na vida real (ao menos para mim), mas se tem algo que criança entende é de criatividade. Basicamente porque a criatividade está ligada ao apetite voraz por conhecimento. Por isso, pessoas criativas geralmente se dedicam a assuntos sobre os quais elas nada sabem só pelo hobby. O gosto pela variedade também pode ser aplicado a pessoas. 

Quanto mais diverso é seu grupo de amigos, melhor. Ter a cabeça aberta pode ajudar você a ter ideias inovadoras, de acordo com Sawyer. “Quando você está em um obstáculo criativo, tente imaginá-lo como um problema em um mundo completamente diferente, como no de design de móveis, em uma prisão ou circo. Como seu problema pareceria nesse mundo? Como você o resolveria?”.
6 - Mexa o cérebro
São vários os estudos da neurociência que fazem uma relação entre criatividade e atividade no lobo temporal do cérebro, mais especificamente no giro temporal superior. Pesquisas apontam que acontece uma espécie de tsunami de ondas gama (ou o aumento da energia das ondas cerebrais) durante o momento “eureca”.

Outra pesquisa, da Universidade do Novo México, observou que quando as pessoas estão engajadas no processo criativo, há menos atividade no lobo frontal. Segundo o professor John Kounios, da Unviersidade de Drexel, pouco antes da “eureca”, ondas de relaxamento passam pela parte de trás da cabeça. Essas ondas são ativadas por atividades que relaxam o cérebro, como quando você fecha os olhos, medita ou corre. Charles Darwin, por exemplo, estava lendo uma tese de Thomas Malthus sobre população por pura diversão quando conseguiu cristalizar sua teoria de seleção natural. Se Darwin conseguiu, você também consegue.

Por Gabriela Loureiro, de Los Angeles*, em Revista Gallileu

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