É um óbvio pano de fundo desta “crise”, que tenta
defenestrar o governo da Dilma/PT do governo federal e de continuar dando as
coordenadas por aqui, já que o Brasil começou nos últimos
governos, petistas, diga-se de passagem, quando vem começando a ler
em outras cartilhas, bem diferentes, e como, daquelas lidas ou
seguidas por governos anteriores ao longo da nossa história.
Sendo assim é o que justifica a grande virulência dos
representantes dos interesses estrangeiros por aqui, e sua mídia
associada, na luta radical para romper com a legalidade colocando em
cheque a lisura de uma eleição democrática, que é, relativamente,
uma conquista recente em nosso país.
A ideia recorrente é “chutar o balde” e retomar –
retroceder – a tempos onde o povo, e o interesse do povo, não
passava de um detalhe sem qualquer importância.
Agora, a ironia das ironias é que parte “desse povo” já está
ou se sente tão bem, que cerra fileiras com seus antigos algozes, se
achando, sabe-se lá o que, e endossando esta tentativa
antidemocrática contra o governo Dilma. Podendo, inclusive, colocar
em cheque suas próprias conquistas recentes. Pode?
"Grandes petroleiras perdem 98% dos lucros em 2015, mas Petrobras dará resultado positivo
O baixo preço do barril derrubou as receitas das maiores
petroleiras do mundo: o lucro líquido de seis das gigantes caiu 98%
em 2015, chegando quase a zero na comparação com o ano anterior. O
cálculo, feito com base nos balanços divulgados pela Shell, Exxon
Mobil, Chevron, Pemex, BP e Statoil, revela que o lucro somado das
empresas ficou em US$1,6 bilhão ao longo do ano.
A Petrobras deverá apresentar um balanço positivo ou, na pior
das hipóteses, aproximadamente neutro no ano, dependendo do critério
contábil de considerar ou não a venda de parte das ações da
Gaspetro, que foi suspensa em janeiro por um juiz da Bahia, mas que
era válido no término do ano fiscal, em 31 de dezembro.
Um resultado zero é, na prática, a reversão do prejuízo
contábil do ano passado.
Considerado o baque do ajuste contábil feito pela empresa no
balanço do quarto trimestre do ano passado, pelas perdas admitidas
na Lava-Jato e pela reavaliação de ativos – algo leonino que o
mercado “impôs” à empresa e que muito raramente é feito nesta
escala em outras gigantes do petróleo – o que isso revela é que a
empresa brasileira continua apresentando uma imensa saúde
operacional, apresentando lucros de operação previstos entre US$80
bilhões e US$100 bilhões em 2016.
Enquanto isso, o número de sondas operando no shale –
tanto em petróleo quanto em gás continua
em queda livre.
Em uma semana, a quantidade delas em operação caiu de 619 para
578, 7,8% a menos do que em 29 de janeiro. Em um ano, 61% menos.
E a crise, claro, é da Petrobras.
Fernando
Brito, via Tijolaço
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