sábado, 14 de novembro de 2015

Porque o alquimin exercita tanto a repressão – e a covardia – por tão pouco?


Falamos e publicamos imagem sobre repressão a professores que protestavam contra fechamento de escolas em São Paulo (11/11/15), com a imagem ilustrando o extremo da covardia do governador alckmin (imagem acima), quando um grupo de policiais agrediu e humilhou um professor. 

Era previsível que o governador, do alto de sua omnipotência lhe conferida pelos eleitores paulistas, deixasse aflorar sem pejo este seu lado covarde, para fazer companhia a outros, também, baixos e pouco civilizados no trato com a coisa pública, com o público, sobretudo, aquele que não concorda com o seu (des) governo e com os seus métodos.

Agora, como pode ver na imagem 2, ele usa um aparato de guerra para reprimir 30 alunos de escola do ABC em protesto pelo mesmo motivo. 


O que justificaria tamanha covardia, o uso dessa desproporcionalidade com os manifestantes? Seria algum tipo de “exemplo” sendo aplicado? De mandar algum recado dissuasivo para outras hipotéticas manifestações – democráticas, diga-se de passagem – e protestos no futuro a desistirem da empreitada?

É, o fascismo é assim. Métodos deste tipo, atuações assim, funcionaram como fator dissuasivo em regimes clássicos no passado. O alquimin deve estar ‘só’, treinando para futuras atuações. Quem sabe como presidente da República, o que, se depender do elevadíssimo nível de consciência política (informativa) do eleitorado paulista...

Ele até que tem razão. Está há tanto tempo dominando a cena política – e os corações e mentes de seus eleitores tão conscientes* – só 20 anos, que não deve nem mais saber como é ser outra coisa, senão um ditadorzinho chinfrim em tempo integral.

     *Quando você conversa com algum desses por aí, o que não é pouco, dá para sentir a prepotência e o sentimento de superioridade que exalam sobre aqueles que pensam, e votam, diferente. A gente encontra aos montes. O papo rola fácil, acho, porque eu não me revelo como oposicionista da situação política no Estado, o que dá para ouvir – pesquisar – à vontade.
"Alckmin usa Força Tática, Tropa de Choque e 200 policiais para conter 30 adolescentes
“O governador é covarde. O que acontece nas escolas de São Paulo é sem precedentes”, diz o deputado Carlos Giannazi. Parlamentar promoveu audiência pública e estudantes lotaram plenário Tiradentes, na Assembleia Legislativa de São Paulo, para debater crise provocada pela intervenção no sistema educacional paulista.

O deputado Carlos Giannazi (Psol) promoveu na quinta-feira, dia 12/11, na Assembleia Legislativa de São Paulo, audiência pública para debater com alunos da Escola Estadual João Ramalho, no centro de São Bernardo do Campo, o projeto de “reorganização” do ensino público do estado, promovida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O plenário Tiradentes ficou lotado com cerca de 70 alunos da escola do ABC.

Giannazi disse a jornalistas ter ficado “chocado” com a força policial mobilizada por Alckmin contra adolescentes que nada mais querem do que ficar em suas escolas ou ter o direito de uma educação digna. “Fiquei chocado ontem, na escola Fernão Dias (Pinheiros, zona oeste da capital) com o aparato policial. O governo usou a Força Tática, Tropa de Choque, mais de 200 policiais, todo o aparato repressivo do estado mobilizado contra 30 adolescentes que estão simplesmente lutando pela manutenção das vagas”, disse o parlamentar. “É um absurdo como o governador é covarde. Isso é sem precedentes e de uma covardia jamais vista aqui no estado.”

Presente na audiência, a adolescente Laís do Carmo Costa, do 1º ano do ensino médio, disse que, na escola João Ramalho, a reorganização vai suprimir o ensino fundamental e só ficará o médio. “A gente veio aqui pra conhecer mais a realidade. 

Na nossa escola, a gente vai ter superlotação nas salas, porque, além do nosso ensino médio, a gente vai receber alunos de outra escola”, contou. “A gente espera não mudar de escola, porque é difícil a adaptação. E a gente não sabe se vai ficar na escola até terminar o ensino médio lá ou se vai para outra escola.”

Giannazi ressalta a importância das escolas para as comunidades em que se localizam e aponta insensibilidade de Alckmin na sua política de educação. “O governador se esquece que a educação não pode ser pensada apenas do ponto de vista econômico. Tem que pensar que os alunos têm uma ligação afetiva com a escola, que ela faz parte do inconsciente coletivo de cada região. O governador mexeu nisso.”

O deputado defende a “ocupação política, democrática e pacífica” de todas as escolas fechadas pelo governo. Para ele, só a mobilização pode reverter o quadro. “Acho que, diante da mobilização e do desgaste da imagem, ele volta atrás. Ele voltou atrás em várias questões, como a do sigilo da Sabesp e do Metrô. Mas, com certeza, se não houvesse mobilização, teríamos um maior número de escolas fechadas.”

Eduardo Maretti, no Pragmatismo Político
 
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