segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Pela 2ª ano o Alckmin reduz previsão de verba para educação. A ‘reorganização’ é só um detalhe


As decisões do alquimin na área da educação são tão óbvias, que deixa transparecer sem firulas o seu propósito de restringir, senão impedir, o acesso a este recurso básico de ascensão econômico-social à população menos favorecida historicamente, que uma mídia aliada, como é o Estadão, nem se dá mais ao trabalho de dissimular ou esconder.

Tem gente, mesmo, conheço pessoalmente alguns que acham, como me referi acima, que o povo deve ser relegado a seu papel histórico de substrato inferior da sociedade em ocupações e/ou profissões medianas, e nada de querer acender social e economicamente, como promete o aceso à educação, pedra de toque dos governos Lula e Dilma, por exemplo.

Só não vê quem não quer esta fixação antieducação, do alquimin/psdb, mas, por mais absurdo que pareça, muitos concordam com esta postura e continuam apoiando, e votando, em coisas assim – a educação é apenas um dos itens na redução do papel do Estado na vida dos cidadãos – daí esta dinastia alquiminsta em São Paulo que já vai para mais de 20 anos.
"Alckmin reduz pelo 2º ano consecutivo parte da educação no orçamento
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) diminuiu pelo segundo ano consecutivo a participação da Educação no orçamento total. Os recursos para a Secretaria da Educação previstos na proposta orçamentária de 2016 somam R$ 28,4 bilhões, o que representa 13,75% do total --no documento de 2015, o porcentual era de 13,87%.

Na comparação com o orçamento de 2015, atualizado pela inflação, os recursos da educação para o ano que vem tiveram queda de 6,5%. O recuo é maior do que na média do orçamento total do Estado, que caiu 5,69%. A reportagem aplicou a inflação acumulada de 7,06%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), sobre os dados de 2015.

Caso a proporção para a educação sobre o total ficasse no patamar de 2015, a área teria mais R$ 250 milhões. Somando-se à queda entre 2014 e 2015, o valor passa de R$ 1 bilhão. A previsão de investimento teve alta de 63,4%, chegando a R$ 522 milhões. Em 2015, a rubrica havia tido forte queda.

A gestão prevê gastar no ano que vem 13,5% menos com custeio da educação e 3,5% com pagamento de profissionais. Com custeio, que inclui toda manutenção das atividades vinculadas à pasta, será R$ 1,5 bilhão a menos. Para o gasto com pessoal, a previsão é de menos R$ 645 milhões. Esses valores foram atualizados pela inflação.

No orçamento deste ano, a previsão de gastos com pessoal já havia tido queda de 7%. Mesmo com a maior greve de professores da história, Alckmin não concedeu reajuste salarial para a categoria neste ano. Além disso, o Estado reduziu em 11% o número de docentes, sobretudo com o recuo nas contratações de temporários.

A queda de previsão de recursos para o ano que vem surge ao mesmo tempo em que o Estado impõe uma reorganização da rede, que vai provocar o fechamento de 93 escolas. A Secretaria da Educação nega que a proposta tenha qualquer motivação orçamentária. "A reorganização das escolas estaduais é uma ação pedagógica, que entregará unidades de ensino melhores e mais preparadas", diz a pasta em nota.

A previsão para a educação integral saltou 196%, chegando a R$ 352 milhões. Já o programa Ler e Escrever, de alfabetização, terá queda de 51%. O Estado prevê gastar 6% a menos com o fornecimento de alimentação para alunos. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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