Parece tão óbvio em seus
efeitos deletérios sobre qualquer concepção de democracia representativa, que surpreende como tanta gente que se diz,
ou se acha, informado, defenda uma coisa assim.
O que é uma bandeira defensável,
sim, pelos próprios financiadores, que tem seus interesses ‘sentados’ no
parlamento e na política como um todo pelo país.
Manter o atual sistema, financiamento privado de campanhas,
seria perpetuar um Estado como coisa privada, de um grupo, não só nacional,
diga-se de passagem, que o administra em causa própria, delegando ao povo/eleitor
um mero papel de “ponta” ou coadjuvante, a quem são concedidas migalhas das riquezas
e benefícios de um país tão rico como o Brasil.
As articulações do golpe
contra a presidente Dilma se encaixam
nesse quadro, já que as administrações petistas, em que pese eventuais mazelas,
vem promovendo uma mudança histórica, e pela primeira vez em 500 anos de história
do país ele está sendo gradualmente colocado à serviço genuíno de seu povo.
Nesse sentido, o financiamento público das campanhas daria
um choque de democracia e representatividade real aos políticos, atribuindo ao
Brasil o seu caráter de propriedade real da população como um todo.
Obs. A fala do Papa não é nova, mas
atualíssima (10/03/2015).
"Papa defende financiamento público de campanhas eleitorais
Segundo Francisco, "interesses" não podem
afetar candidatos.
Francisco
declarou que candidatos devem, antes de tudo, conhecer as propostas dos seus
próprios partidos, coisa que muitas vezes não acontece.
O papa Francisco defendeu que as campanhas eleitorais
sejam financiadas com dinheiro público para evitar que “interesses” influenciem
a atuação dos candidatos. A declaração está em uma entrevista do Pontífice à
revista La Carcova News, publicação
paroquial de um bairro pobre da periferia de Buenos Aires.
Perguntado se tinha alguma sugestão aos governantes
argentinos, que estão em ano eleitoral, ele respondeu: “Primeiro, que proponham
uma plataforma clara. Que cada um diga ‘no governo, nós faremos isso e aquilo’.
Muito concreto! A plataforma eleitoral é algo sério, ajuda as pessoas a verem
aquilo que cada um pensa”.
Além disso, Francisco declarou que candidatos
devem, antes de tudo, conhecer as propostas dos seus próprios partidos, coisa
que muitas vezes não acontece. Em seguida, o Papa declarou que é preciso chegar
a um modelo de campanha que não seja financiado.
"O financiamento da campanha eleitoral envolve
muitos interesses, que depois cobram a conta. Evidentemente, é um ideal, porque
é preciso de dinheiro para manifestos, para a televisão. Em todo caso, que o
financiamento seja público. Eu, como cidadão, sei que financio esse candidato
com essa exata soma de dinheiro, que tudo seja transparente e limpo",
explicou
ANSA
Brasil
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