quarta-feira, 17 de junho de 2015

Porque o Brasil não pode abrir mão da Petrobrás como operadora única do pré-sal

É tão obvio. Até parece demais, ou redundante, ficar listando ou enumerando justificativas ou motivos que mostrem a importância, conveniência e ‘vitalidade nacional’ de a Petrobrás continuar como operadora única deste “mar de riqueza” e oportunidades que pertence ao Brasil e ao povo brasileiro, e não doar à sanha depredadora e antinacional de uma “petroleira” estrangeira, dos EUA.

Mas, não custa dar uma olhada nestes motivos listados abaixo.

      "O projeto de José Serra, que pretende mudar o regime de partilha na exploração do petróleo do pré-sal, deve ser votado nesta terça.

O projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que pretende mudar o regime de partilha na exploração do petróleo do pré-sal, deve ser votado em regime de urgência nesta terça-feira (16) no Senado.

Com o Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, Serra quer derrubar o artigo 10 da lei, segundo o qual a participação da mínima da Petrobrás nos consórcios de exploração não pode ser inferior a 30%.

Isso pode ferir interesses nacionais, já que com a lei de 2010 o país passou a ter mais soberania na produção de petróleo. A propriedade sobre o petróleo passou a ser do Estado, e não mais da empresa concessionária que faz a extração.

Abaixo, confira seis motivos que explicam o porquê da importância de manter a Petrobrás como operadora  única  na  área  do  pré-sal.

Seis motivos que justificam a importância de manter a Petrobrás como operadora  única  na  área  do  pré-sal.  (rejeitando  o  entreguismo  do projeto de lei PLS 131-2015 do Senador José Serra PSDB-SP)

1-  Para avançar com soberania energética e ambiental: controlando a produção, garantido o abastecimento nacional, evitando a extração predatória, os riscos de acidentes e maiores custos econômicos no futuro.

A operação única pela Petrobrás no pré-sal brasileiro garante ao Estado nacional, que detém a maioria do capital votante da empresa, o planejamento da produção, escapando da armadilha da produção rápida e predatória, que compromete os reservatórios e trás inúmeros riscos ambientais como o ocorrido no acidente no campo de frade no litoral do Rio de Janeiro em novembro 2011 operado pela estadunidense Chevron.

O Petróleo por muitos anos será estratégico como energético (responsável por mais de 50% da matriz mundial) e como matéria prima (presente em mais de 3.000 produtos). Garantir, sua exploração  e  uso  adequado  na  atualidade,  e  que  não  faltará  este  recurso  para  as  futuras gerações de brasileiros é obrigação de todos.

São inúmeros os exemplos de nações que submeteram a produção a multinacionais que operam sobre a lógica meramente econômica e hoje se encontram em maus lençóis. As situações vividas por nossos vizinhos argentinos onde após a privatização exportaram petróleo a 04 dólares o barril e mais tarde tiveram que importar a mais de 100 dólares, ou da Indonésia, que exportou petróleo a 01 dólar o barril e hoje drena seus recursos pagando pelo mesmo barril de petróleo 60 dólares, são procedimentos que não devemos repetir em nosso país.

2- Para preservar e ampliar o conhecimento, bem que vale mais do que o dinheiro.

Ter a Petrobras como operadora única é essencial para garantir o domínio e a continuação do desenvolvimento tecnológico. O nível tecnológico atingido pelos trabalhadores da   Petrobrás é fruto  de  muito  trabalho  e  desenvolvimento  científico.  Ceder  a  condição  de  operadora  única dificulta esta vantagem estratégica, expõe nossa capacidade de vanguarda a potenciais competidores e desperdiça oportunidades de aprendizado.

A Petrobras recebeu em maio de 2015 o prêmio da OTC (Offshore Technology Conference) considerado o Nobel da indústria petroleira. Este prêmio foi graças a nossa produção no pré-sal. Chegar a essa condição custou sangue, suor e lágrimas a gerações de brasileiros. As três coisas mais importantes para uma empresa de energia são: mercado,    reservas e conhecimento tecnológico. O Brasil através da Petrobras detém os três sendo o conhecimento o mais difícil de ser alcançado.

Não temos nenhuma dúvida que a história vitoriosa da Petrobrás, e seu extraordinário potencial indica plena capacidade de ser a operadora única no pré-sal. Mesmo vivenciando dificuldades momentâneas em relação a sua capacidade financeira, fato que já esta sendo superado  com uma política adequada de preços, a Petrobrás conseguiu em apenas 8 anos após a descoberta do pré-sal, uma produção de cerca de 800 mil barris por dia, fato inédito na indústria do petróleo.


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