É fácil
posar de moralista quando se tem as ‘costas largas’ com uma ‘mídia’ que lhe esconde
os podres, sem nunces, que foram à tônica de seu desgoverno, no que se refere
aos interesses nacionais, da população e à decência e moralidade.
Sempre
foi – junto com o seu partido, o psdb – um sacatrapa dos eua e seus interesses
hegemôncios e dominadores, que, segundo as ‘más linguas’, foi, é,– são – muito
bem ‘recompensado’ por isso.
"E eis FHC palpitando sobre os 13% de aprovação de Dilma segundo o Datafolha.
Como tem acontecido sempre, FHC jogou mais sombras
onde já as havia em quantidade copiosa.
Dilma estaria perdendo as condições de governar,
afirmou, ao melhor estilo de Carlos Lacerda, o Corvo. (Aliás, o C de Cardoso
poderia, já faz algum tempo, pelo C de Corvo.)
No caso em questão, FHC traria alguma luz ao
debate se lembrasse que ele também passou exatamente pelos 13% de aprovação.
Foi em setembro de 1999, segundo o mesmo
Datafolha. Para quem gosta de comparações, foi uma queda de cerca de 70% em
relação ao mesmo mês do ano anterior.
Acabou o mundo? Acabou o governo FHC?
Não, tanto que, quinze anos depois, ei-lo
pontificando.
Comparemos as circunstâncias. Dilma bate em 13%
numa pesquisa realizada logo depois de um protesto orquestrado descaradamente
pela Globo, e em meio a um noticiário manipulador que tenta associá-la ao caso
Petrobras e à palavra “corrupção”.
FHC chegou aos 13% com a blindagem monumental da
mesma mídia que massacra agora Dilma.
FHC jamais foi cobrado, por exemplo, sobre a
compra de votos, em 1997, para a emenda da reeleição.
Ao longo dos tempos, ele tem oscilado entre negar
e distorcer a realidade.
Às vezes, FHC nega a compra. (Recentemente, o
único repórter que contou a história, Fernando Rodrigues, disse que colheu não
evidências, mas “provas cabais”.)
Outras, ele tergiversa. Em determinada ocasião,
admitiu que “provavelmente” votos foram comprados. Mas não pelo PSDB. Era
coisa, segundo ele, de governadores, também beneficiados com a emenda.
Invoco Wellington aqui. Quem acredita nisso
acredita em tudo.
FHC também jamais foi apertado pelo nepotismo.
Genro, filha, a lista de parentes empregados é longa.
Mas, claro, quando se trata de FHC, assim como
acontece com Aécio, nomeações na família obedecem à mais estrita meritocracia.
Qual teria sido a aprovação de FHC se ele tivesse,
diante de si, uma mídia tão empenhada em jogar para baixo quanto a enfrentada
por Dilma?
Melhor: qual seria o índice de popularidade dele
se a imprensa fosse, simplesmente,honesta?
Tudo isso posto, qualquer presidente oscila nas
avaliações. Em momentos em que a economia cresce, o prestígio sobe. Em tempos
de crise, é o oposto.
O Brasil passa por uma crise, e então é natural
que baixe a aprovação.
O ponto é que a queda, agora, é amplamente
estimulada por uma mídia que tenta enganar o público com a versão de que a
crise é exclusividade do Brasil.
Estamos diante de um abjeto estelionato editorial.
Até a BBC do Brasil mostrar a queda geral das
moedas mundo afora diante do dólar, nossos “especialistas” econômicos
empurravam para as pessoas a versão de que o problema acontecia só no Brasil.
Acresce a tudo um fato que me intriga, e para o
qual já chamei a atenção. Também a esquerda parece intoxicada pelo
catastrofismo maroto e calculado dos conservadores.
Ora, há uma crise global. Até a China reduziu pela metade a expectativa
de crescimento.
Nenhuma grande economia do mundo – nenhuma –
está imune à crise.
O governo está tentando enfrentar as dificuldades,
concretamente.
Mas o maior obstáculo não é econômico, e sim mental. É imperioso um choque positivo, algo que
devolva a sanidade a pessoas – de direita, centro e esquerda — que parecem
prestes a cortar os pulsos.
O que está ocorrendo, hoje, é a síndrome do
desastre anunciado.
Não ocorreu nada, mas de tanto falar em desastre
vão se criando as condições para que ele se materialize.
Quanto a FHC, recomendo uma frase de Sêneca:
“Quanto penso nas coisas que disse, sinto inveja dos mudos.” (por: Paulo Nogueira)
Se gostou deste post subscreva
o nosso RSS
Feed ou
siga-nos no Twitter para acompanhar nossas
atualizações
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Bem vindo, a sua opinião é muito importante.