quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Com protestos descabidos contra o “mais médicos”, categoria mostra sua própria indigência. Medico é preso por fraude

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Uma grande vantagem – além da óbvia, é claro – da vinda de “médicos cubanos”, é que gerou muitos e insanos protestos, muitos, ou em sua maioria preconceituosos e racistas, logo ilegais na forma, e com isso lançaram os holofotes sobre eles mesmos e teve como resultado evidenciar o que muita agente já sabia, a tremenda picaretagem, roubos, mesmo, de boa parte da categoria, que posava de “elite”, mas vivia dilapidando os cofres do SUS com seus dedos de silicone e outros recursos engenhosos para faturar sem trabalhar e deixando, e endossando na mídia, “falhas” no atendimento do próprio SUS.

O interessante é que este médico preso – ícone de um quadro amplo – não se contentava em apenas, hipocritamente, falar mal do “Mais Médicos”, mas fazia uma campanha cerrada e contínua contra o programa do governo federal.

Logo, como dizem que “há males que vem para o bem”, sua revolta insana e elitista só serviu para mostrar a sua própria indigência moral, ética, profissional, de desonestidade pura e simples prevista na lei, ou seja, crime mesmo. Tanto é que este a que nos referimos foi preso. O que deve rolar agora é que os “dedos de silicone” sejam colocados de lado, pelo menos por horas.

     "Uma notícia lamentável. Um médico, que deveria trabalhar três horas por dia numa Unidade Básica de Saúde (UBA) do Paraná, não cumpria seu horário para atender seus clientes particulares. Enquanto isso, fazia duras críticas ao programa Mais Médicos, do governo, afirmando que há “incompetência do PT” e que “falta governo”, e não médicos no País. A notícia foi dada por Fernando Brito, no blog Tijolaço. Leia a íntegra:

Médico preso por só bater ponto fazia campanha contra o “Mais Médicos”
É triste ter de voltar a isso.

Mais uma denúncia, desta vez resultando em prisão em flagrante (veja aqui), sobre um médico que só comparecia ao posto público de saúde onde “trabalhava” apenas para bater o ponto.

O Dr. Jetson Luís Franceschi chegava às sete da manhã, estacionava seu BMW, junto da Unidade Básica de Saúde do Bairro Faculdade, em Cascavel (PR), batia o ponto e saía para atender em sua clínica particular. Perto de dez da amanhã, voltava ao posto, passava algum tempo e saía.

Não fez isso eventualmente, para atender algum compromisso, uma emergência, como poderia acontecer e seria até compreensível.

Era sistemático, diário.

O mês inteiro.


Nela, quase todos os dias, posta fotos e textos atacando o “Mais Médicos”, o governo e a qualidade dos médicos estrangeiros, em especial os cubanos.

O Dr. Jetson pode ser um bom médico e tem o direito, querendo, de ser médico apenas em consultório particular.

Mas não tem o direito de ocupar “ausente” um lugar que precisa ser ocupado por alguém que possa estar presente para atender mulheres – e gestantes, ainda por cima.

E muito menos de criticar e agredir quem está disposto a fazê-lo.

Menos ainda de, com um caso destes, ajudar a formar na população um conceito sobre os médicos que eles – inclusive a maioria dos que são contra o Mais Médicos – não merecem.

O problema da saúde brasileira não é o de médicos “picaretas”. Muito do que dizem os adversários do Mais Médicos sobre precariedades na rede de Saúde é verdade e é um déficit histórico que vai custar a ser resolvido.

E um bom caminho é que haja médicos nas Unidades Básicas de Saúde como aquela em que o Dr. Jetson deixava abandonada.

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