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Uma grande vantagem – além
da óbvia, é claro – da vinda de “médicos cubanos”, é que gerou muitos e insanos
protestos, muitos, ou em sua maioria preconceituosos e racistas, logo ilegais
na forma, e com isso lançaram os holofotes sobre eles mesmos e teve como
resultado evidenciar o que muita agente já sabia, a tremenda picaretagem,
roubos, mesmo, de boa parte da categoria, que posava de “elite”, mas vivia
dilapidando os cofres do SUS com seus dedos de silicone e outros recursos
engenhosos para faturar sem trabalhar e deixando, e endossando na mídia, “falhas”
no atendimento do próprio SUS.
O interessante é que este
médico preso – ícone de um quadro amplo – não se contentava em apenas,
hipocritamente, falar mal do “Mais Médicos”, mas fazia uma campanha cerrada e
contínua contra o programa do governo federal.
Logo, como dizem que “há
males que vem para o bem”, sua revolta insana e elitista só serviu para mostrar
a sua própria indigência moral, ética, profissional, de desonestidade pura e simples
prevista na lei, ou seja, crime mesmo. Tanto é que este a que nos referimos foi
preso. O que deve rolar agora é que os “dedos de silicone” sejam colocados de
lado, pelo menos por horas.
"Uma
notícia lamentável. Um médico, que deveria trabalhar três horas por dia numa
Unidade Básica de Saúde (UBA) do Paraná, não cumpria seu horário para atender
seus clientes particulares. Enquanto isso, fazia duras críticas ao programa
Mais Médicos, do governo, afirmando que há “incompetência do PT” e que “falta
governo”, e não médicos no País. A notícia foi dada por Fernando Brito, no blog
Tijolaço. Leia a íntegra:
Médico preso por só bater ponto fazia campanha contra o “Mais Médicos”
É
triste ter de voltar a isso.
Mais
uma denúncia, desta vez resultando em prisão em flagrante (veja aqui), sobre um
médico que só comparecia ao posto público de saúde onde “trabalhava” apenas
para bater o ponto.
O Dr.
Jetson Luís Franceschi chegava às sete da manhã, estacionava seu BMW, junto da
Unidade Básica de Saúde do Bairro Faculdade, em Cascavel (PR), batia o ponto e
saía para atender em sua clínica particular. Perto de dez da amanhã, voltava ao
posto, passava algum tempo e saía.
Não
fez isso eventualmente, para atender algum compromisso, uma emergência, como
poderia acontecer e seria até compreensível.
Era
sistemático, diário.
O mês
inteiro.
Nela,
quase todos os dias, posta fotos e textos atacando o “Mais Médicos”, o governo
e a qualidade dos médicos estrangeiros, em especial os cubanos.
O Dr.
Jetson pode ser um bom médico e tem o direito, querendo, de ser médico apenas
em consultório particular.
Mas
não tem o direito de ocupar “ausente” um lugar que precisa ser ocupado por
alguém que possa estar presente para atender mulheres – e gestantes, ainda por
cima.
E
muito menos de criticar e agredir quem está disposto a fazê-lo.
Menos
ainda de, com um caso destes, ajudar a formar na população um conceito sobre os
médicos que eles – inclusive a maioria dos que são contra o Mais Médicos – não
merecem.
O
problema da saúde brasileira não é o de médicos “picaretas”. Muito do que dizem
os adversários do Mais Médicos sobre precariedades na rede de Saúde é verdade e
é um déficit histórico que vai custar a ser resolvido.
E um
bom caminho é que haja médicos nas Unidades Básicas de Saúde como aquela em que
o Dr. Jetson deixava abandonada.
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