Porque a
oposição ao governo, liderada por Aécio Neves, está contra a convocação de uma
Assembleia Nacional Constituinte restrita?
Será se
ele sentiu o cheiro de que a sua derrota em 2014 pode ser mais acachapante com
o sucesso que esta Reforma Política ou pelo menos a instalação do processo de
reforma, que já se arrasta há décadas no Congresso Nacional, melhore o cacife eleitoral
da Dilma?
O estranho
é que o próprio FHC já tentou instalar uma Constituinte restrita (1988-1989) e
não coseguiu, pois, até o dito cujo sabia – e não é burro para achar diferente
hoje – que é a única saída para o impasse do qual tanto depende a moralização
do processo político eleitoral no país é através de uma Constituinte exclusiva.
Os deputados,
antes e agora, não votaram e não votariam uma reforma que pode inviabilizar a
vida política de grande parte deles, e, por puro espírito corporativista, enrolam
“ad infinitum” como veem fazendo há décadas.
Discutir
e aprovar uma reforma estrutural como esta, não é fácil nem aqui nem em lugar
algum, como pode ver:
No caso dos Estados Unidos, comentou, a reforma tributária levou cinco anos só para ser debatida no Poder Legislativo. Na Itália, a reforma previdenciária levou anos em discussão e, na Alemanha, sequer ela foi concluída. Apesar de considerar as reformas difíceis, o presidente afirmou que o país está conseguindo mudar o quadro político-institucional. (leia mais)
Já que mexe
com interesses poderosos, estabelecidos e arraigados na cultura política, os parlamentares
não sentem qualquer vontade ou estímulo de legislarem contra si mesmos, seus
interesses, daí a necessidade de uma Assembleia Nacional Constituinte restrita,
com representantes populares eleitos apenas para esta função temporária.
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