sábado, 29 de junho de 2013

Moradores improvisam 'milícia' contra vândalos em Porto Alegre


Os oportunistas, ladrões, mesmo, mancham o caráter democrático e civilizado das manifestações por todo Brasil. Em Campinas, interior de São Paulo, por exemplo, uma loja de vestidos de noiva teve 150 peças de sua loja roubadas em uma das manifestações. Embora pareça uma atitude anarquista, em seu sentido etimológico, a iniciativa dos moradores é valida, por mais que a polícia, dentro de sua ótica, seja contra.

Moradores e comerciantes da região central de Porto Alegre decidiram se armar com pedaços de pau e montar guarda para proteger prédios e lojas do ataque de vândalos durante manifestações.

O bairro Cidade Baixa, onde a "milícia" improvisada começou a atuar anteontem, havia sido um dos mais depredados no protesto anterior, ocorrido na última segunda-feira.

Revoltados com o que dizem ser ineficiência dos PMs, comerciantes e moradores se uniram para conter o vandalismo em um trecho de cerca de 200 metros.

Trinta pessoas da região passaram quatro horas tentando intimidar os manifestantes. Até um taco de beisebol foi utilizado.

Eles acompanharam informações do andamento do protesto pelo rádio e reforçaram a ação quando souberam que grupos circulavam pelas redondezas. A regra do grupo era não deixar passar pela rua ninguém com o rosto coberto.

A tática, dizem os moradores, funcionou. Quando um grupo de adolescentes vindo do protesto se aproximou da rua, ficou com receio dos moradores e desviou a rota.

Moradores do bairro dizem que nenhuma atitude violenta foi tomada pela "milícia".

"Não queríamos confusão, só defender o patrimônio. Não somos contra a manifestação. O problema é o vandalismo", disse Gustavo Vettorazzi, 18, funcionário de um minimercado.

DEPREDAÇÃO
 
Os constantes protestos na capital gaúcha vêm causando insatisfação em quem vive ou trabalha no centro.
Em 15 dias, foram cinco grandes manifestações que resultaram em depredação, saques e confrontos. Tapumes para proteger fachadas foram colocados por toda a parte.

A Brigada Militar (a PM gaúcha) critica a iniciativa da guarda improvisada e diz vê-la com preocupação.

"[Peço] por favor, comunidade: não se organize desse jeito", afirmou o coronel Alfeu Freitas. (Na Folha)

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