Você
já assistiu, ou assiste, ao tal “Pânico na TV”? Talvez se interesse pelo texto
abaixo. É uma boa reflexão sobre a grande importância da sua audiência e apoio.
Quanto a mim, confesso que, ainda, não tive o prazer, ou desprazer, e desconfio
que vou continuar passando sem essa, experiência. Acredito que até ficar sem
fazer absolutamente nada, deve ser mais útil, inteligente e produtivo. Ou seja, não vi e não gostei, dá para confiar
em impressões como esta que vai ler agora.
“Quando estava saindo da cerimônia de entrega do
prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava,
chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de
TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei
que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia
ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por
favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um
babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de
repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel,
passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que
no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de
um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como
qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas
imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma
profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo
tipo “que coisa horrível” (o horror, o horror), virar as costas e entrar no
carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a
porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a
perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá
louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto,
em que reagir é pior.
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