terça-feira, 25 de setembro de 2012

Russomanno e Serra dividem o voto conservador, diz pesquisa

Pesquisa feita em São Paulo para aferir a orientação política e filosófica dos eleitores constatou que a maior parte da população é conservadora, inclusive com um percentual razoável do que se considera conservador extremo.

Como era de se esperar o maior contingente conservador está entre os homens, os mais velhos e, o que chama a atenção, com menor escolaridade e renda. É como disse o Tim Maia: “...aqui (no Brasil), prostituta se apaixona, cafetão tem ciúmes, traficante se vicia e pobre é de direita”. Não sei se é só aqui, mas, é, no mínimo, surpreendente.

O cientista político André Singer, em debate recente sobre conservadorismo na USP, citou algumas características que definiriam o conservadorismo, entre elas uma tendência forte ao individualismo, a concepção de que os problemas sociais se resolvem por meio da iniciativa privada e a rejeição a qualquer forma de atuação ou intervenção social do Estado.

A se entender como rejeição do Estado, medidas de controle e combate à pobreza e distribuição de renda, opção pelo educação pública e gratuita em todos os níveis, controle e regulamentação da economia com medidas que inibem ações irresponsáveis do mercado como as que levaram a economia mundial a esta crise radical, e que tem “blindado” o Brasil de seus efeitos mais perversos como a recessão, a crise social e o desemprego, por exemplo. 
 
Logo, o liberalismo, na pesquisa, estaria no outro extremo, ou seja, no aspecto econômico apoiaria estas ações do Estado que estão sendo implementadas no país. 
 
Outros valores sociais, políticos e culturais, como a influência da religião na formação do caráter, o entendimento sobre as causas da criminalidade e a opinião sobre questões polêmicas como a descriminalização do uso de drogas, união homoafetiva, porte de arma e a adoção da pena de morte, ilustram estas diferenças.

A maior parte (41%) dos conservadores apoia o candidato Russomanno, já identificado em sua história como ex-apresentador de TV, por “conservar” opiniões políticas e sociais controvertidas e depois ao Serra, com 21%, sendo que este lidera disparado entre os extremamente conservadores, com 24%.

O candidato Fernando Haddad tem a preferência do maior contingente oposto no espectro, os Liberais, com 24%, de 27% do eleitorado. 
 
Outros dados que ocupam o espectro entre conservadores e liberais, na pesquisa, tem, ainda, os 23% dos medianos e 6% dos extremamente liberais.

Dá para considerar que os mais conservadores no espectro político-social são menos informados e/ou esclarecidos que os demais?

Fonte: DataFolha

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