O mensalão é um palavrão que já “rodou”
muito na mídia e que agora, às vésperas de seu julgamento pelo
STF, volta ao centro das atenções com o episódio: Lula x Gilmar
Mendes. Tudo indica que, sobretudo pelo interesse da Veja no
episódio, é uma cortina de fumaça que tenta lançar, já que tem ligação com o
protagonismo da revista e seu editor com as denúncias que estão
sendo apuradas pela “CPMI do Cachoeira”, embora o mensalão em
si seja real. No artigo abaixo, dá para entender um pouco mais do
que se trata.
O leitor que tiver paciência de ler esta nota até o fim terá elementos melhores para julgar o debate envolvendo Lula e Gilmar Mendes.
Escrevi em nota anterior que o pano de fundo deste conflito envolve o ambiente político em torno do mensalão.
Uma das partes tem interesses em politizar o debate no ponto máximo. A outra tem esperança de convencer os ministros a apoiar-se em argumentos de natureza técnico, no exame das provas.
A leitura do relatório do delegado da Polícia Federal Luiz Flávio Zampronha, disponível na internet, é rico em detalhes e bastante completo na abordagem.
Só para o leitor ter uma ideia da radicalização da situação. Tratado pela imprensa, o relatório já foi exibido como prova definitiva da existência do mensalão. Também foi apontado como prova do contrário.
Em suas conclusões, o relatório mostra que se o PT não pode estar feliz com as denúncias apuradas, a oposição não tem o direito de festejar por antecipação.
É por isso que o julgamento é aguardado com tensão. Todo mundo espera um proveito político mas ninguém sabe o que pode acontecer.
Ninguém quer prestar atenção ao relatório.
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