Manifestação em Brasília, 15/11/2011 |
As manifestações contra a corrupção vem provando que são um “fogo de palha” insuflado pela mídia, não com o objetivo de esclarecer e lutar contra, mas, sim, com objetivos político partidários, onde o alvo é o governo federal, quando se sabe que o problema é mais sério e arraigado em todo o tecido social. Na imagem, 30 pessoas compareceram à última (15/11/11) no Distrito Federal.
Acabar com a corrupção
é uma condição fundamental para se estabelecer o estado de direito
pleno a todos os cidadãos aqui ou em qualquer país, já que não a
inventamos e nem somos o único pais a sofrer com este verdadeiro
flagelo do direito e da cidadania.
A corrupção é
como um cancro arraigado nas instituições e nos corações e mentes
das pessoas, e que, no caso do Brasil, remonta aos tempos coloniais.
A percepção da
corrupção pela população é parcial e enviesada, a partir do
momento em que ela não se vê como agente da corrupção e tem olhos
apenas para a corrupção dos
outros, notadamente aquela que fica mais visível nas
instâncias publicas ou de governo.
Uma analogia com o livro do filosofo francês, Michel Foucault, a “Microfisica
do Poder”, a “microfísica da corrupção” se gesta
e se alimenta, na vida e no cotidiano de cada um de nós, em ações
ordinárias, no trânsito, na relação com as repartições e
instancias publicas e em inúmeras outras situações, que de tão
corriqueiras parecem normais.
As manifestações que
andaram ocorrendo por aí, não nasceram de um sentimento genuíno, e
necessário, da população e sim da espetacularização e da
manipulação da mídia, com objetivos escusos e dissimulados,
haja vista que agem conjuntamente de forma partidária e
oposicionista, tanto é que o foco único da campanha é o governo
federal, onde o corruptor fica como algo abstrato, sem
importância ou, quem sabe, inexistente?
Ela permeia todo o
tecido social e precisa efetivamente de uma ação que envolva a
educação nas escolas, aliado a uma política sistemática de
combate institucional em todos os setores da sociedade, repartições
publicas, nas esferas municipal, estadual e federal e não como uma
arma política que, além de parcial, oculta a sua verdadeira natureza
e dimensão.
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