Em meio às
intermináveis discussões sobre a reforma eleitoral, um ponto
polêmico dentre tantos, é o modelo de sistema eleitoral a ser
adotado. O voto distrital que é defendido por muitos e, inclusive
foi matéria de capa da Veja que, pelo visto, resolveu defendê-lo,
seria, na realidade, um retrocesso, pois, reduziria a
representatividade do eleitor e criaria uma anomalia que existe em
muitos países onde a minoria leva e governa.
Quem defende o voto distrital no Brasil defende a exclusão da representação de grande parcela de nosso eleitorado. O voto distrital é clamorosamente excludente. Essa exclusão é a mesma coisa que bipartidarismo. Todos os países que adotam o sistema eleitoral distrital tornam-se países governados por apenas dois partidos que se revezam no poder por meio de maiorias esmagadoras. Ninguém em sã consciência admitirá que a Grã-Bretanha, em toda sua complexidade social e demográfica, seja representada apenas por dois partidos. O mesmo vale para os Estados Unidos. Se esses dois países mudassem seu sistema eleitoral, trocando o voto distrital pelo voto proporcional, eles se tornariam, já nas primeiras eleições legislativas com o novo sistema, países multipartidários. O voto distrital é idêntico a uma camisa de força que limita os movimentos da representação.
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