sábado, 20 de agosto de 2011

“Subversivos inúteis”, é como vê o movimento estudantil, o governo chileno

Parece que os tempos do Pinochet estão voltando no Chile. Praticamente o único governo de direita no continente, o Sebastian Piñera, enfrenta uma prolongada movimentação estudantil, sobretudo, contra o privatização do ensino. A líder estudantil a Camila Vallejo, na imagem, teve a sua morte sugerida como “solução” para acabar com as manifestações. Pelo visto a mentalidade continua a mesma daqueles tempos de chumbo.


(…) Por sua vez o senador Carlos Larraín, presidente de Renovação Nacional (direita), disse que o movimento pela educação é de “subversivos inúteis”. Ele inclusive usou esta categoria, inclusive para definir alguns parlamentares do atual Congresso. (...)

Porém, algo mais grave aconteceu quando uma funcionária do governo de Sebastiaan Piñera, Tatiana Acuña Selles, secretária executiva do Fundo do Livro, dependente do Ministério da Cultura, pediu literalmente a morte de Vallejo em sua conta de Twitter. “Se mata a la perra y se acaba la leva” escreveu a funcionária em sua conta @Tati_Acuna”.(1) (…)
  1. Com esta frase, a funcionária sugere que matando a líder, a quem chamou de cachorra, as mobilizações estudantis iriam cessar. O ex-ditador Augusto Pinochet usou a mesma frase referindo-se ao presidente Salvador Allende quando lhe propôs transporte aéreo para qualquer lugar do mundo que desejasse. (Nota da tradução)

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