O mito da posse de arma como fator de segurança pessoal e familiar compõe o pano de fundo da violência urbana. Está comprovado que na grande maioria das vezes “o tiro sai pela culatra”.
Primeiro porque em uma reação a um ataque ou assalto, o delinquente sempre leva a melhor, e arma da vítima. Segundo porque existem evidências segundo as quais boa parte das armas de fogo em mãos de bandidos e marginais são armas legais – de posse legal – roubadas de seus proprietários ou desviadas por “caminhos” diversos. Casos como o que aconteceu recentemente no Rio comprovam isso.
Nos EUA, por exemplo, onde existe um verdadeiro arsenal de todos os tipos e calibres em mãos do cidadão, com posse legal, atentados como este verificado em Realengo são, relativamente, comuns.
Claro que só isso não explica a violência com as armas de fogo, o contrabando, o desvio de armas oficiais dos serviços de segurança, completam este arsenal fora de qualquer controle.
Logo, retirar as armas das mãos do cidadão comum, não significa cerceamento de um direito, mas, um princípio da mudança por uma sociedade mais segura, que deve ter prioridade sobre o direito individual, o da posse e/ou porte de arma.
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