sexta-feira, 4 de março de 2011

Alguns significados da presença da Dilma na Ana Maria Braga e na festa da Folha

A presença da Presidente Dilma, em um programa da Rede Globo, como o seu comparecimento na festa do aniversário da Folha de São Paulo, foram ambos atos surpreendentes, principalmente para quem militou muito, tanto nas campanhas do Lula como, talvez a mais dura, da própria Dilma, a exemplo da blogosfera, contra sobretudo a atuação baixa e predatória destes meios de comunicação que não pouparam mentiras, calúnias, desrespeito e difamações de todo tipo contra a candidata Dilma.

Deu para ver a reação contraria e desaprovadora nos blogs, Twitter  e outros espaços e, confesso que a minha primeira reação foi igual, mas, refletindo melhor, percebi o “tapa de luva” que a Dilma deu em seus tão ferozes opositores, usando, inclusive de seus espaços para mostrar ao povo brasileiro, notadamente, aquela parcela que “segue” as suas orientações, quem ela é de fato, desmistificando aquela imagem construida nas eleições e que enganou muita gente desavisada.

Com esta atitude - de ir à festa e ao programa da Ana Maria Braga - deixa-os desconfortáveis para cotinuarem a “pregar” a imagem de radical, de “matadora de criançinhas”, mostrando, como na entrevista no programa da Globo, sobretudo para a grande audiência de mulheres - que, inclusive, em parte pode não ter votado nela - que é uma mulher como elas mesmas, e que assim como ela, em princípio, qualquer uma delas pode chegar onde chegou e fazer o que ela está se propondo fazer pelo país.

Como reiteradas vezes falou o Lula, um metalúrgico  e trabalhador como milhões de outros, que poderiam chegar onde ele chegou. Este foi um grande legado seu para o povo braileiro, provar que é possivel, sim, ocupar o seu lugar ao sol e realizar os seus sonhos, sem que para isto tenha que ter nascido “em berço de ouro”, mais do que resgatando, porque não existia antes, mas, possibilitando a construção da auto-estima do povo brasileiro.

Portanto, a Dilma sabe mesmo o que está fazendo, e os donos da mídia devem estar se roendo de contrariedade, pois, provavelmente, contavam com uma recusa da presidente aos seus convites, para que conseguissem mais munição para usar contra ela, taxando-a de revanchista, radical e outros “palavrões” que estão habituados a usar.

O "tiro saiu pela culatra", logo, terão que ter mais este trabalho de usar a criatividade para contiuarem a descontrução da imagem da Dilma como vinham fazendo, só que, agora, com testemunhas mais bem informadas, sobretudo, dentro do que consideram seus próprios redutos de leitores e telespectadores.

Quanto a nós blogueiros, e/ou militantes, temos que desarmar a indignação e contrariedade com uma hipotética “traição”, e continuar firmes, pois, embora , a presidente tenha ganho este "round", a luta continua a mesma, e podemos esperar o “chumbo grosso” de sempre.

A blogosfera já mostrou o poder que tem, como ficou evidente nestas últimas eleições, e existe a intenção dos donos da “velha mídia”, como se referia a ela, o Lula, de engessar esta liberdade, criando mecanismos restritivos a serem incluidos na nova lei de comunicações que não deve demorar a sair. Logo, o alvo da luta continua o mesmo: a hegemonia da informação e da liberdade de expressão dos donos da “velha mídia”.

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