quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A "bala de prata" é a questão religiosa... o aborto

A eficiência da “bala de prata” que levou as eleições ao 2º turno, ocorreu em função de não se ter identificado a tempo a origem e, muito menos a sua real natureza. Ao contrário do que muita gente pensa, não foi a Marina ou a “bala verde”. A Marina com o seu discurso alternativo e ambientalista, foi uma cortina de fumaça para acobertar o verdadeiro petardo: a questão religiosa ou o aborto.

A Marina serviu como uma luva, tambem, por ser evangélica/religiosa, mas, mesmo o próprio Serra se beneficiou diretamente, posando de cristão e católico contrito, quando se sabe que a sua atuação no Ministério da Saúde, no governo FHC, foi quem de fato “regulamentou “ ou aprovou o aborto, via SUS, como pode comprovar no link: Serra aprovou o aborto, que não é mais um boato, é fato comprovado por documentos oficiais anexos.


Agora, pelo que podemos observar na militância na rede, notadamente no Twitter, é a ideia do voto ambientalista, o que é um grande equivoco, pois, pelo que se estima ele não passou de algo em torno de 10% dos votos que recebeu a Marina. Quem votou, mesmo, em Marina e provocou o 2º turno, foi o voto religioso, com o aborto.

Ele, como pode parecer a primeira vista, não foi um recurso de ultima hora. Recebi de uma evangélica, há já algum tempo, muito antes de começar a campanha eleitoral, um email/mensagem com um “manifesto” do bispo Dom Luiz Gonzaga Bengozini, de Guarulhos, recomendando o “não voto” na Dilma.

A Canção Nova, mesmo com a tal da “nota póstuma” do seu líder, está engajada inteiramente, até o pescoço, nesta campanha de difamação da Dilma, a pretexto do aborto. Desde as últimas eleições presidenciais quando fez campanha aberta pelo Alkmin e usando os mesmo argumentos que usa hoje contra a Dilma, para detonar o Lula na comunidade católica que a segue.

Logo, o alvo da reação, não tem muito a ver com o ambientalismo, e muito menos com a Marina. A verdadeira “bala de prata” que vai ser usada exaustivamente pela mídia, é a questão do aborto, com o engajamento de católicos e evangélicos, via padres e pastores, apesar da nota da CNBB, que deve estar mais preocupada com eventual perda de fiéis contrariados – como conheço muitos – do que propriamente com aliviar a carga da mídia e do clero sobre a Dilma.

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