Irresponsabilidade, imprudência e bebidas alcoólicas, formam o trinômio que dá o pouco honroso título de recordista em acidentes e mortes no trânsito ao Brasil.
O que surpreende, pelos menos a mim, é que parece que vivemos no melhor dos mundos, no que diz respeito a acidentes e mortes no trânsito, porque os “responsáveis”, o que inclui os parlamentares, veem atenuando o “rigor” da legislação vigente.
Como comentei, aqui, no blog, sobre a nova obrigatoriedade de se colocar avisos, placas, antes de radares e câmeras, para alertar aos “educados motoristas”, para que possam se livrar das multas e pontos na carteira. Ou mesmo os excessos de recursos protelatórios criados para evitar as multas e a perda dos tais pontos, burocratizando o processo ao máximo.
Parece que todos, legisladores e motoristas, acham que esses fatos das manchetes nos jornais, que assustam a todos, só acontecem com os outros, esquecendo, também, que os acidentes não deixam de ocorrer somente em função de uma hipotética pericia pessoal ao volante.
O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima que o país teve um prejuízo de 111.1 milhões de reais, em perdas econômicas, somente neste Natal.
Minas Gerais, que tem a maior e melhor malha rodoviária federal do Brasil, bateu todos os recordes, nestes índices inusitados de acidentes e mortes do último feriado, o que invalida o argumento das estradas ruins e esburacadas como causa de acidentes, já que, conforme a própria Policia Rodoviária Federal, a maioria dos acidentes aconteceram na reta, de dia e com tempo bom.
Já falamos aqui, que a racionalidade não é lá tão comum como se imagina. E que as leis, ou o seu rigor, são – no nosso caso deveriam ser – inversamente proporcionais a maturidade das pessoas que teem responsabilidade civil e penal, ou o que se convencionou chamar de adultos.
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